Soukyuu no Fafner: Dead Aggressor
Habara Nobuyoshi - Xebec
Anime - 25 Episódios (+ 13 Episódios)
2004
6 em 10
Há algum tempo terminei este anime, mas só agora tenho tempo para escrever sobre ele. Felizmente estes tempos de ocupações infinitas terminarão em breve, mas enfim, isso não interessa muito. Interessa, talvez, dizer que se me ocorreu um acidente e vi a segunda season antes da primeira. Este comentário serve para as duas, qualquer que seja a ordem.
Pois bem, numa ilha remota e paradisíaca um grupo de jovens vê-se com o problema de ter de conduzir robots gigantes para tentar lutar contra uma entidade maléfica invencível. Toda a ilha está preparada para lutar contra estas criaturas, o resto do mundo aparenta não existir... Mmm, parece haver aqui algo em comum com uma outra série... Pois é. E as semelhanças continuam. Assim, em termos narrativos e de desenvolvimento de personagem, esta série aparece como uma pálida imitação de outras do mesmo género, que se estabeleceram dentro do universo robot-orgânico como exemplares. Aqui o nosso Fafner não é exemplar precisamente por retirar demasiadas ideias de outras obras e transparecer pouca originalidade no respeitante ao contexto de história.
Tendo isto em conta, a série poderia ter-se salvado se pelo menos os conceitos introduzidos fossem alguma coisa de verdadeiramente original. No entanto, Fafner apresenta uma série de termos e conceitos de rajada, que acabam por não fazer grande sentido e não têm qualquer tipo de consequência directa no desenrolar da história e no crescimento das personagens. Este é muito previsível, acabando por haver uma evolução um pouco errática: os personagens começam como miúdos normais e acabam por desenvolver uma espécie de carapaça em que tudo o que fazem deixa de ter qualquer tipo de objectivo ou sentimento.
Artisticamente, temos alguns momentos bons, mas a grande maioria do anime é passado sem que a animação seja um elemento com importância. O design dos robots é estranhíssimo, o design do(s) monstro(s) não se coaduna com a explicação que é dada sobre eles. E o design das roupas dos personagens é pavoroso e não faz sentido nenhum (aqueles fatos de licra com o rabo à mostra...) De resto, as cenas de acção poderiam beneficiar de efeitos mais cuidados, sobretudo tendo em conta o elemento aquático sempre presente, que não tem grande fluidez.
A música foi, para mim, aborrecida e repetitiva. O mesmo acontece com as vozes, sendo que todos passam a maior parte do tempo a gritar para devolverem coisas ou pessoas.
Por isso se diz "sempre imitável mas nunca duplicável". Fafner depende demasiado do amor que temos pelos conceitos e tem muito pouco de si próprio.
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