O Moinho à Beira do Rio
George Elliot
1860
Romance
Variemos um pouco o estilo literário e viajemos até à época vitoriana. Que, como caracterizei no outro dia, era habitada por umas pessoas muito grunhas.
Este romance acompanha a vida de dois irmãos, nas suas aventuras e desventuras, na bonança e na pobreza, em amores e desamores, fazendo um retrato mais ou menos fiel da sociedade da época. Infelizmente, na sociedade da época, era toda a gente chata como só. Não se podia fazer nada.
A primeira parte é um aborrecimento muito grande, pois fala de uma infância assim como assim feliz, mas cheia de regras. A partir do momento em que os nossos personagens vão crescendo, a coisa começa a ter um pouco mais de interesse. Mas o estilo, altamente floreado e cheio de elocuções morais que não interessam nada para o contexto da história, torna tudo numa aventura bastante maçadora.
Os personagens têm atitudes estranhas e erráticas, movidos pelas suas "emoções" que, pelos vistos, são também estranhas e erráticas. A autora (George Elliot é uma mulher) aproveita o facto de os personagens tomarem estas acções para as criticar ou para falar de grandes momentos moralistas religiosos que não trazem nada de novo.
O livro é feito de muitos diálogos, que me pareceram bastante improváveis (embora não duvide que nesta época grunha as pessoas falassem realmente assim). Talvez a parte mais divertida sejam todos os diálogos com Bob, o bufarinheiro, que de entre todos parece ser a pessoa mais normal.
Enfim, valeu a pena ler para conhecer um pouco mais da literatura da época e ficar a saber mais um clássico, mas não posso dizer que tenha gostado...
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