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13.4.16

A Ratazana

A Ratazana
Günter Grass
1986
Romance

Este livro foi obtido numa troca por um voucher que me ofereceram da minha livraria habitual (que, por sinal, é a Bertrand. Nada de alternativo por aqui) pelo meu aniversário. Quando li a sinopse na contracapa fiquei logo rendida à ideia: uma ratazana, representante da sua espécie, conta toda a história da humanidade pelos seus olhos, desde Noé até ao fim dos tempos.

Infelizmente, o livro não correspondeu propriamente à sinopse. Mas não deixou de ser muito interessante.

Um homem, o narrador, recebe pelo Natal aquilo que sempre desejou: uma ratazana de estimação. Esta ratazana, a Rata de Natal (pois...) começa a falar com ele num sonho em que o narrador se encontra amarrado a uma cadeira numa cápsula espacial e consegue ver o fim da humanidade como a conhecemos, por influência desta espécie de muscelídeos. No entanto, temos vários pontos narrativos que se interligam uns com os outros, para no final se juntarem todas as pontas nesse fim do mundo rático em que a espécie dominante são estes bicharocos.

Temos então a história das ratazanas propriamente dita; depois a história de um grupo de mulheres que conta medusas no oceano a bordo de um navio; a história de um realizador de cinema que visita a avó pelo seu centésimo sétimo aniversário; finalmente, a história dos contos de fadas do filme que este vai realizar.

Este conjunto de histórias pode começar por ser um pouco confuso, mas à medida que se vão reunindo todas as ideias no mesmo arco narrativo (o das ratazanas) começamos a perceber melhor a existência de todos estes pontos. Na verdade, o autor tece neste livro mais do que uma história mas sim uma crítica social contundente relativamente ao advento da tecnologia e à destruição da Natureza. Pois é devido a estes que a a humanidade acaba por perecer, sem sequer perceber muito bem como.

A escrita é bastante leve, apesar da narrativa ser complexa. Mas devo confessar que odiei a tradução: qual a necessidade do tradutor explicar palavra por palavra o seu significado na língua original?

Uma leitura um pouco difícil, que à primeira vista não recomendaria.

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