Joker: Folie à Deux
Todd Philips
2024
Filme
8 em 10
Arthur aguarda pacientemente pela sua sentença de morte quando, um dia, é levado a uma terapia musical e conhece Lee, uma louca como ele que está plenamente apaixonada pelo que ele um dia foi: Joker. Os dois irão viver uma aventura musical de amor e arrebatamento, mas nem tudo o que parece... Nem tudo o que parece, é.
O mais odiado filme da época, para mim, foi a mais genial conclusão a esta história de Joker. Porque este é o filme anti-herói, este é o filme anti-Marvel, este é o filme anti-Joker. Onde o primeiro filme criou um movimento de pessoas deprimidas e incompreendidas, este filme consegue destruí-las, consegue dizer-nos "tudo isso que vocês viveram, tudo isso é uma fantasia, o verdadeiro homem por trás do Joker é apenas um louco, é apenas uma pessoa, é apenas um miserável humano, como tu, como eu, como nós".
E a interpretação de Gaga é tão natural, tão orgânica, que temos uma Harley Quinn que vai para além da loucura, é uma vilã perfeita, é manipulativa e ingénua e deseja apenas o símbolo, não o homem, deseja apenas o status, não o amor.
A destruição desta personagem é o culminar deste filme, e não poderia ser um final mais perfeito. É um filme deprimente e depressivo, que não faz ninguém feliz, e é precisamente por isso que é maravilhoso e essencial. É o filme que precisávamos para respirar.
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