Gaiking: Legend of Daiku-Maryu
Obari Masami - Toei Animation
Anime - 39 Episódios
2005
5 em 10
Segundo consta, este é o remake de um anime dos 70s. Tendo isto em conta, existem aspectos que criticarei que apenas o são porque no tempo da sua criação era assim que as coisas funcionavam. Ainda assim, não significa que todos os animes da época tivessem estes elementos que considero bastante medíocres. De uma forma ou de outra, fiquei curiosa em ver o original. Numa primeira pesquisa, nada encontrei. Sugestões? ;)
Daiya é um jovenzito atarracado que perdeu o pai numa tempestade no mar. Durante essa tempestade, ele viu certos monstros monstruosos, tendo sido salvo por um - que por sinal era um robot. Anos depois, vê-se na situação de ter sido escolhido por esse super robot para conduzir uma máquina totalmente poderosa, de forma a vencer o grande inimigo.
A verdade é que este anime pouco diverge dos já bem conhecidos super-robotos que nos vêm acompanhando desde a década de 70 (época onde este anime tem origem, por sinal). Existem pequenas variações, sendo a mais evidente o inimigo. Ao contrário de extra-terrestres temos, desta vez.... Intra-terrestres! Pois é, eles vêm do centro da terra. Mas tudo é explicado. Há um ritmo bastante regular de monstro/robot intra-terrestre da semana, havendo alguns momentos em que há um desenvolvimento da narrativa para nos indicar coisas de mais ou menos interesse: a relação entre os personagens inimigos (bastante bem desenvolvida, até), a relação entre a equipa que conduz o Daiku-Maryu, o que é feito do pai do Daiya e muitos momentos de comédia. Mas nada disto é diferente do normal. Mais um igual a tantos outros.
Sem dúvida que o aspecto que merece mais atenção é o inimigo. Proist, a filha do grande rei, é uma personagem bem desenvolvida e com características bastante únicas, se bem que muito pouco originais. Os generais do glam-rock também se desenvolvem de forma firme. Mas nada disto é novo, dentro ou fora do género.
A arte vem melhorando à medida que os episódios passam, sendo as lutas finais bastante perto do bom, mas no geral é mais que medíocre. Os ataques (que temos sempre de gritar para que funcionem. Gritar o nome deles!) não fazem sentido e são de um design e animação escabrosos. Aliás, o próprio design da maquinaria é escabroso. Existem muitos erros simples, que abrangem todos os pontos, da cor à proporção. Mas, como diga, fica melhor mais para o fim.
Em termos musicais, para além de uma viciante música de abertura (daidaidaidaidaikumaryu) não temos ponta por onde se lhe pegue. Todos os temas são terríveis e nem os momentos com grandes clássicos da música erudita conseguem salvar esta banda sonora.
Enfim, valeu a pena porque há há montes que não via robotos supremos...
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