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27.1.16

Profundo como o Mar

Profundo como o Mar
Jacquelyn Mitchard
1996
Romance

Livro que recebi pelo BookCrossing, o primeiro Ring de uma nova membra :) Na verdade, não é o tipo de romance que me desperte o interesse à primeira vista, mas como era a primeira vez que esta nova amiga estava a participar, quis logo inscrever-me!

Este romance foi surpreendente de duas formas: por um lado foi uma boa leitura na primeira parte, mas a segunda parte ficou um pouco aquém das expectativas criadas por aquela. Tudo começa quando, num encontro de antigos estudantes, o filho de três anos de uma mulher desaparece sem deixar rastro. A partir daí, desenvolve-se todo o circo policial a que já nos habituámos em filmes americanos do género. 

Esta primeira parte é estranhamente boa, pois há um desenvolvimento profundo dos vários personagens perante esta situação de impossibilidade e incapacidade de fazer alguma coisa. Beth, a mãe, sofre uma mudança psicológica radical, que é descrita com mestria ao longo desta secção. Se ao início poderíamos ter todas estas pessoas como detestáveis (algo que os autores americanos modernos muito insistem em fazer, por razões que eu não compreendo) rapidamente ganhamos um novo sentimento por elas. Não será pena, nem piedade, nada de tão complexo, apenas um desejo imenso de saber como é que vão evoluir e dar a volta a situação.

Infelizmente, isto perde-se bastante na segunda parte do livro quando "algo" acontece que os faz ganhar uma nova perspectiva. A partir daqui, todo o desenvolvimento dado aos personagens parece ser ignorado, para elevar Beth a um estrato emocional altamente plácido e equilibrado que não joga com as descrições dadas até ali. Para além disso, os elementos narrativos são um pouco previsíveis e a história do "porquê" poderia ter sido trabalhada de outra forma.

Para além disso, fiquei duvidosa em relação a alguns elementos da própria escrita. Por exemplo, sempre que o livro está da perspectiva da criança, Vincent, há uma alteração no estilo demasiado infantil, como se todas as crianças não tivessem inteligência emocional. Também há uma mistura nos nomes, que poderá ter sido da edição, que pode ser um pouco confusa. Para além disso, a autora está sempre a recorrer a comparações que muitas vezes são estranhas e numa linha de pensamento vulgar.

Ainda assim, gostei bastante! Espero que a nova membra continue a partilhar estes livros! :)

1 comentário:

  1. Obrigada pelo comentário ao livro. Concordo com o que dizes.
    Podes esperar mais partilhas (para breve, uma BookBox Virtual).

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