The Books of Magic
Neil Gaiman
1990
Banda Desenhada
Comprei este livro na Spring It Con 2017, pois tinha lido um comentário no blog Ler BD em que falavam de recente edição portuguesa deste volume. Comprei a versão original, que era a que estava disponível. Além disso, tinha bastante curiosidade em experimentar este autor, do qual já tinha ouvido falar muito!
Foi-me dito que este livro era uma inspiração muito profunda para o universo e personagem de Harry Potter, mas penso que, para além do design do personagem principal, não existe muito em comum.
Timothy Hunter é um rapaz que anda de skate. Um dia é abordado por quatro misteriosas figuras de gabardine, que lhe revelam a opção de entrar no mundo da magia e se tornar um dos mais poderosos feiticeiros de que há memória. Para o ensinar, levam-no a vários lugares mágicos. Primeiro, mostram-lhe o passado, o início da magia. A arte é difusa, misteriosa, como se de um sonho se tratasse, sendo que nos são mostradas uma série de coisas que podem ter passado desapercebidas ao resto da humanidade mas que foram de suma importância para o mundo da magia. Depois, mostram-nos duas vertentes do presente. Numa arte pop e contemporânea, vemos os feiticeiros que vivem neste mundo, as criaturas e os magos, percebendo um pouco do que cada um tem para dizer e qual a sua posição nesta realidade. Por outro lado, com um tema clássico e quase infantil, viajamos até ao mundo das fadas, onde a magia tem todo um outro significado. Finalmente, vamos até ao futuro. E o que será que o futuro nos reserva?
Este livro é uma fascinante perspectiva da magia no universo DC, sendo que em muitos painéis nos são mostradas personagens desta equipa, que continuam sempre tendo influência tanto no mundo real como no mundo mágico. O autor faz também referência a outras das suas obras, de forma bastante discreta mas ainda assim fulcral para o desenvolvimento da história.
Para mim, o principal defeito deste álbum é que ficam muitas coisas por explicar que gostaríamos de ver explicadas. Ficarei morta de curiosidade em saber para que serve aquela chave, por exemplo.
De resto, uma história épica e filosófica cimentada por uma arte brilhante.