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15.1.12

Quem me dera ser onda




Quem me dera ser onda
Manuel Rui Alves Monteiro
1991
Novela

E logo a seguir um livro Angolano. Deste não gostei muito.

Tudo começa com um homem que tem ânsias de comer carne de porco. Por isso arranja um porco para criar no seu apartamento, apartamento esse que pertence a um prédio onde é proibido ter porcos. Toda a família se encanta com o porco e fazem várias maroscas para o esconder dos vizinhos maus que o querem roubar.

Isto seria muito divertido não fosse estar escrito de uma forma irritante e incompreensível. Eu adoro a língua portuguesa, adoro ler em português, seja daqui seja do Brasil seja de onde for. Mas este lingo angolano que até precisa de notas de rodapé para se perceber, só está aqui para dizer "este livro é angolano yo, somos tão especiais yo" e não serve para imprimir qualquer tipo de emoção ou detalhe à história.

Parece-me que há uma tentativa de caracterizar a Angola como ex-colónia pelos olhos das crianças, mas até as crianças estão tão alteradas pelo regime (regime esse que eu não compreendo, só ouvi falar assim por alto) que não há caracterização nenhuma, só uma amálgama de termos e de notas de rodapé.

E eu que nem como carne de porco...

1 comentário:

  1. Cada um tem a sua opinião e há que respeitá-la isso é certo.
    Mas quando se lê um livro angolano, tem que se conhecer a história e um pouco da cultura desse país, pois cada livro angolano é uma relíquia cultural que permite ao leitor conhecer um pouco da história do país.
    Neste caso, a história de Carnaval da Vitória, retrata um episódio, em parte fictício mas muito real da história de Angola.
    Episódio este muito visto na altura pós-colianismo em que algumas pessoas saíram dos kimbos e matos e invadiram os prédios sem noção alguma das regras de convivência que se deve ter em conta num prédio.
    Este livro tem um carácter cultural e moral importantíssimo, pois, faz referência ao carácter do ser humano, as regras de convivência num prédio e ao amor de uma criança por um animal, amor este ignorado pelos adultos à sua volta. Além de referir um dos episódios mais importantes da história angolana.
    Quanto à linguagem, percebo a sua confusão pois só que é de cá percebe a gíria, e claro que este livro poderia estar escrito com um português mais "elaborado", mas Manuel Rui quis mostrar as coisas como elas realmente são, seja através das acções ou da linguagem.

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