Esta é a minha primeira experiência no universo Lupin. Tinha de conhecer um pouco da personagem Mine Fujiko e recomendaram-me que começasse por aqui. Aviso desde que irá haver aqui uma pequena pesquisa de Lupin da minha parte e que, por isso, os posts neste blog poderão ser repetitivos até mais não (minto, só saquei mais dois filmes)
A primeira coisa que me atraiu foi a arte. É bastante original, com uma paleta de cores muito interessante e uso de muitos padrões e representações simbólicas (atentem nas corujas). A animação é rígida mas é gira e funciona bastante bem, tendo em conta o tema "policial" e "misterioso" da série. Mas perturbou-me a quantidade de maminhas e ainda mais as cenas de sexo pouco discretas (mas nada explícitas), que - se pensarmos bem na coisa - eram badalhocas como tudo.
O anime é episódico, excepto nos últimos quatro episódios em que adquire uma tonalidade muito surreal enquanto fala do passado de Mine Fujiko, focando-se nas aventuras desta personagem. Ela é uma ladra profissional, tal como Lupin, e a cada episódio rouba (ou tenta roubar) uma coisa diferente. As histórias estão bem pensadas e os mistérios e armadilhas em cada um são interessantes e originais.
Mas infelizmente, uma série episódica precisa de personagens extremamente sólidos para se basear. E nesta isso não acontece. Depois de ter lido um bocadinho sobre Lupin, vim a descobrir que a caracterização dos personagens desta série não corresponde à do resto do franchise. A mim pareceram-me todos muito parecidos uns com os outros, excepto Lupin que tem uma personalidade. Sobre Mine Fujiko, bem... Chamá-la de prostituta seria pouco, mas também não quero abusar nos palavrões neste espaço. Ela não é ninguém, ela não é nada, é apenas uma máquina sexual que rouba coisas. O tempo que ela passa de mamas ao léu supera largamente o tempo em que ela passa a fazer coisas úteis. Não tem o charme da femme-fatale. Aliás, não tem charme nenhum. É vulgar, no pior sentido da palavra. Por isso, uma série inteira sobre ela - por mais interessante que seja a arte - tem essa característica da personagem associada. Por um lado, podemos dizer que Mine Fujiko está caracterizada de forma coerente? Bem, depois dos últimos episódios duvidaria disso. Por outro lado, considerando que é coerente, este tipo de personagem seria mesmo necessário? Não seria melhor tê-la feito um pouco mais humana, com uma sedução de cariz menos sexual? Fica o debate.
Finalmente, em termos musicais, a OP foi muito interessante à primeira (sobreutdo pela sequência de animação), mas cansa rapidamente. A ED não tem nada a ver com nada. E o parênquima? A música é bastante boa, tonalidade jazzística, mas é repetitiva.
Podem passar esta série à frente, a menos que vos interesse especialmente este tipo de arte no anime.
Já há algum tempo que queria escrever um pouco sobre isto: BoysLove. Estava sempre a adiar até que hoje fui parar a um sítio onde já não ia há muito tempo. Tive medo, mas lá tive que adicionar mais umas imagens à minha sempre crescente colecção... É irresistível e a colecção já está a ficar com um tamanho desproporcionado. Por isso inicio este pequeno "artigo" com um rabo e aviso que isto terá desenhos bastantes. Tentarei ao máximo que não sejam perturbadores ou pornográficos, até porque é inconveniente ter isso num blogue familiar (ai as criancinhas!) Assim, iniciemos a nossa festa da mangueira!
O que é BoysLove?
Tal como o nome indica, é o amor entre homens, no universo da pop-art Japonesa - Anime e Manga. É importante estabelecer a terminologia usada hoje em dia, para que não nos enganemos e continuarmos a dar nomes de início de 00s às coisas.
Shounen-Ai - Ai é amor, Shounen é rapaz, daí se tira o que é. Refere-se a trabalhos de conteúdo romântico e pouco explícito. Exemplos de animes típicos seriam Gravitation e Junjou Romantica
YAOI - Sigla para "Yama Nashi, Omi Nashi, Imi Nashi", que significa qualquer coisa como "Sem Objectivo, Sem Sucesso, Sem Sentido". Refere-se ao conteúdo explícito ou pornográfico. O exemplo mais flagrante é Sensitive Pornograph.
Vai acontecer algo dentro desta banheira, mas não posso mostrar .__.
BoysLove (BL) - Termo chapéu-de-chuva que engloba todos os conceitos, o utilizado actualmente. Os outros estão mortos.
Agora vamos ao twist! Este género é tipicamente desenhado e escrito POR mulheres e PARA mulheres. BL é, na verdade, uma variação do shoujo em que a heroína típica é substituída por um homem. O conteúdo homoerótico não traduz, nem de perto nem de longe, a realidade humana e tudo isto não passa de uma fantasia feminina, em que não existe uma "mulher" a competir pelos favores do personagem predilecto. Este conceito é essencial para se perceber o que é verdadeiramente BL: não é uma coisa "gay". Não tem nada que ver com os direitos LGBT ou com a identidade sexual das pessoas. É apenas uma fantasia e, no fundo, histórias de amor bonitas para nos entretermos.
Géneros e Categorias
Tal como em qualquer corrente artística existem variantes à história base. Antes de falar delas, acho relevante definir os tipos de personagem normalmente presentes (podem haver diferenças entre histórias e autores, mas estes são os comummente aceites)
Seme - O "dador". Tipicamente são homens altos e angulosos, numa posição de poder. Características normalmente associadas a semes são a confiança, o ego elevado, a necessidade de controlo, a frieza. Semes típicos são Iason de Ai no Kusabi ou Yuichi de Only the Ring Finger Knows.
Uke - O "receptor". Normalmente rapazes, frágeis e com traços femininos. Entre as características mais vulgares, encontram-se a fraqueza física e psicológica, a atitude apaixonada, a resistência à relação. Ukes típicos são Ritsuka de Loveless ou Wolfram de Kyoh Kara Maou (que não é BL, já vou explicar)
Conforme as características psicológicas do personagem, podemos atribuir-lhe estatuto de seme ou uke. Mas devemos sempre recordar que o seme é sempre o dador e o uke o receptor. Assim, a menos que se usem materiais artificais, uma mulher nunca pode ser um seme. Qualquer série, tendo em conta estes dois termos, pode ser transformada nu BL. E a verdade é que são mesmo. A isso chama-se slashing. Entretanto apareceu uma outra categoria de personagem, ainda não completamente aceite na comunidade BL e usado por fãs mais novas que acreditam no S+U pelas emoções e não pelas "funções":
Seke - Um personagem com características de seme que é um uke. Um exemplo é Riki de Ai no Kusabi.
Por exemplo, este gajo que eu não sei quem é. Tem todo o aspecto de ser Seme, mas está-se mesmo a ver que vai ser violentado.
Agora, tendo em conta que tudo o que existe que tenha pelo menos um rapaz (ou não... Tudo é possível), existem vários tipos de histórias. Se procurarem termos como Angst ou Fluff vão encontrar coisas diferentes. Por exemplo, as categorias da secção de histórias do Aarinfantasy são:
Isto é, muita coisa. No entanto, há dois subgéneros que saem da norma, se é que há norma em BL. São géneros feitos por homens e para homens. O quê? Vamos ver:
Bara - Homens grandes, musculados, homens normais, homens mais velhos. Feitos por homens homossexuais para homens homossexuais.
Isto porque eu sou uma pessoa hilariante, haha. Haha.
Shota - Miúdos. Ya. Feito por gente perturbada para homens heterossexuais. SIM.
Eu ia por uma coisa soft e vocês sabiam.
Entretanto há mais uma série de variantes engraçadas e não engraçadas. Esta é das que eu gosto mais:
Travecaaaaaas~~~
E Agora a Lição de Moral
Com isto já passei um lamiré sobre o que é mais ou menos o género. Agora vão todos ficar a pensar que eu sou uma doidona tarada, né? Não! Porque eu, e as minhas amigas fujoshis todas, já estamos nisto há demasiado tempo para termos exageros infantis. Vou-vos contar uma história...
Ao início, aprendi o que era BL (tinha uns 15 ou 16 anos) com uma revista que veio como extra num jornal. O primeiro que vi foi Ai no Kusabi, o que desde logo dá uma perspectiva diferente da coisa. Então eu achava que os homens tinham de ser todos "homoeróticos" para serem giros. Mas com o passar do tempo, fui descobrindo que o que faltava no género era o realismo. Então fui procurar realismo. E deparei-me com muitos outros tipos de histórias, em que há menos de "história de amor fofinha" e mais dos dramas da vida. E comecei a desassociar os homens verdadeiros dos homens do BL. E isso tornou-me numa pessoa mais adaptada à vida real.
Agora, se vocês ainda acham que a vida real é como no BL... Bem, ainda vão ter de crescer, porque a verdade é que não é. Há histórias de amor entre todos os tipos de pessoas. Homens, mulheres, homens que são mulheres e mulheres que são homens, há amor entre pessoas e cadeiras, há amor em todo o lado. Mas não corre como nas histórias.
Temos de nos lembrar sempre que são histórias inventadas. São fantasias. Se misturas as tuas fantasias com a tua vida real a ponto de não te conseguires relacionar com os outros seres humanos porque não correspondem às tuas expectativas, tens um problema.
E fica a lição de moral. Bem vindas ao mundo BL. Desfrutem da estadia. Mas não abusem.
Esta série foi escrita pelo nosso Meguqueiro favorito, Urobochi Gen, por isso toda a gente me avisou que ia dar voltas e voltas. Mas não acreditei. Comecei a vê-la a propósito do meu clube, esperando detestá-la logo nos primeiros episódios, mas a verdade é que adorei. E agora vou explicar, com um detalhe difuso que me é característico, os comos e porquês.
Comecemos pelo universo e pela história: num futuro próximo, o Japão criou uma sociedade em que sensores podem ler o estado emocional e as capacidades das pessoas, classificando-as e orientando-as para o que melhor podem fazer. Por outro lado, também o índice de criminalidade pode ser medido e, assim, se a pessoa tiver potencialidade para cometer um crime é logo colocada sob tratamento ou isolada. Tendo isto em conta, existem equipas policiais para apanhar estas pessoas. A história segue as aventuras de uma das equipas, focada numa inspectora acabada de chegar. Na primeira parte acompanhamos a resolução de vários crimes cruentos e na segunda parte observamos a perseguição ao marionetista por detrás desses crimes.
A história por si só é bastante interessante, apesar de recordar alguns trabalhos anteriores, tanto em anime (Ghost in the Shell: Stand Alone Complex) como filmes americanos (Minority Report). Mas esta "inspiração" é ultrapassada pelas diferenças nos personagens. Os de Psycho-Pass (ou Psycopath?) são únicos à sua maneira. Todos eles têm um passado que os levou ao estado em que estão, e a melhor parte é que em apenas um caso se recorreu a flashback para o explicar. A verdade é que a intensidade e qualidade do diálogo neste anime são de nota. Gostei bastante do desenvolvimento da personagem principal, Akane, que apesar de se apresentar como a "pessoa ideal para viver nesta sociedade", estabelece relações afectivas incontornáveis que, falhando, a levam a tornar-se num outro tipo de pessoa, mais realista e terra-a-terra. Além do mais, é demonstrada a sua capacidade de aprendizagem e de resolução de problemas. Mas se na série foram todas pelo "bem", num futuro deixarão de o ser: bem dizia o outro que os parvos aprendem com a experiência. Ginoza também sofreu um desenvolvimento interessante mesmo no final, sobretudo quando fazem a referência ao abandono dos óculos.
Uma nota para Makishima Shougo. É um vilão interessante e apropriado ao teor da série. Faz lembrar arquétipos como Light de Death Note, com uns traços do muito genial Johan de Monster, mas consegue manter-se único. No entanto, é difícil de compreender como o seu ideal anarquista se envolve com os assassinatos e com a manutenção de psicopatas, sobretudo na primeira parte: eram mesmo necessários para causar o caos? O seu diálogo é muito interessante, cheio de referências a livros que eu não li (bem, alguns eu li), mas pareceu-me também um pouco pretensioso. Não da parte do personagem, mas da parte do autor ("olhem os livros todos que eu li!") Perguntaram-me "já se tornou o teu husbando?". E eu respondo que é muito difícil hoje em dia um personagem obter esse tipo de estatuto. Makishima Shougo nem chega lá perto.
A arte está interessante, com CG bem integrado e designs estruturados devidamente para acompanhar a noção de "futuro próximo" e de "isto vai ser possível". As cenas de luta, que me costumam aborrecer, estavam fascinantes, mas não só pela qualidade da animação mas também pela banda sonora e pelo contexto em que estavam a acontecer, pois a maioria eram quase como jogos em que quem vence não será o mais forte, mas sim o mais esperto.
Achei as OPs e EDs extremamente apropriadas, quase como se tivessem sido escritas especialmente para o anime. A primeira OP sobretudo. Também fiquei a nutrir um certo carinho pela ED, pois identifiquei-me imediatamente com a letra.
Um anime recomendado, nem que seja para pensarmos um bocadinho no estado da sociedade e como seria o mundo se esta fosse controlada pela medição nosso estado emocional e das nossas habilidades. Eu sinto, pessoalmente, que seria bastante opressivo e que nos tiraria toda a liberdade de pensamento e de desenvolvimento moral. Também acho que eu já estaria internada num cubículo a ver anime.
Recebi este livrinho encantador num igualmente encantador RABCK (Random Act of BookCrossing Kindness, quando se oferecem livros e outras coisas a pessoas), cujo o tema era "Animais". Tive a sorte estonteante de o ganhar, o que vem mesmo a calhar... Animais é o meu tema preferido!
Enfim, eu já tinha ouvido falar de James Herriot: é o autor de "All Creatures, Great and Small", um livro que sempre quis ler, pois fala da experiência em primeira mão de um veterinário no campo, nos anos 70. Este livro é mais ou menos a mesma coisa, mas o tema são gatos. O gato é um animal que não me fascina especialmente, porque sempre me tentaram matar. Se bem que eu conheço poucos gatos dentro do seu território... Enfim.
Para mim o livro foi uma experiência estranha, pois na maioria das histórias eu sentia-me um Sherlock Holmes: quem será o criminoso? Qual será a doença? Que métodos complementares de diagnóstico é que eu usava? Assim se vê como a medicina veterinária evoluiu... Catgut? Vitaminas? Laparotomia Exploratória? Cadê as análises ao sangue e bioquímicas? Cadê a ecografia? Isto é, de certa forma, fascinante.
De uma forma ou de outra, houve duas histórias que me tocaram: a de Helen e a de Frisk. Não são exactamente as histórias dos gatos que me comoveram, mas as histórias dos donos, que dependiam tanto dos seus animais.
Gostaria de um dia também ter estas experiências bonitas para as poder escrever.
Uma pequeníssima história de ficção científica, adaptação apenas dos dois primeiros volumes do manga que é um pouco longo (nove volumes e 53 capítulos). Estranhei não haver ninguém chamado Alita, mas vim a perceber que no manga a Gally chama-se Alita (sendo que no anime se chama Gally)
Os OVAs dão apenas um cheirinho do que é este universo, que me pareceu bastante interessante. A narrativa passa-se numa cidade onde vai parar todo o lixo de uma outra cidade, que está no céu. Os habitantes são, na sua grande maioria, cyborgs. Os designs dos cyborgs são detalhados, mas muito crus, o que não me atrai especialmente.
A história é um conto de amor, mas é demasiado curta para que os personagens tenham um desenvolvimento concreto, apesar de os seus conceitos me parecerem sólidos.
Em cada um dos episódios temos duas grandes cenas de luta, onde a animação poderia brilhar, mas não há nelas nada de extraordinário. O mesmo acontece para a música, que por vezes fazia falta: podia ser alguma coisa especial, mas era demasiado simples.
No entanto, devemos considerar que Battle Angel Alita, também conhecido por Gunnm, é um clássico do anime e manga. Assim, acho que seria importante, para quem se quiser aprofundar, vê-lo ou - ainda melhor - lê-lo.
Chegou Domingo e porque não ir ouvir uns concertos para o jardim? O jardim escolhido para este dia do Out Jazz foi o Parque Eduardo VII. Lá chegados, um palco - pequeno mas robusto - e um ambiente de micro-festival, com bebidas e comidas e passatempos e montes de gente. Devíamos ter levado uma toalha para sentar, que a relva estava com um ar um bocado tinhoso...
Mas enfim, o nosso objectivo era ver a Danae, uma africana com ritmos de jazz. Mas não chegámos a tempo, por isso assistimos só ao set de Mr. Issac, DJ.
Bem, o nome é tão comum que não encontro uma foto dele. Mas eu pensava que ele era estrangeiro até ao momento do "mékié pessoal?" Ele perguntava se a gente estava a sentir as boas vibes. Estávamos!
Os sons eram essencialmente hip-hip, que conheço pouco. Mas senti as boas vibes dos mixes dos sons que conhecia.
Foi uma tarde muito bem passada, cheia de gente alucinada. Nada melhor que ir para o jardim com o cansaço acumulado =D
Fomos estrear as Festas de Corroios 2013. O pessoal foi (quase) todo sair em Lisboa mas nós, resistentes, saímos de Lisboa para ir a Corroios. E valeu a pena, muito!
A festa em si não tinha nada de novo, as bancas são sempre as mesmas e têm essencialmente as mesmas coisas. Descobri que já não gosto de ver os passarinhos, porque entretanto aprendi o stress sob o qual estão e fico a imaginar quantos irão morrer pela brincadeira de os vender na feira... Por isso fomos logo para o palco principal, ver os concertos. Gostei muito dos dois, como verão de seguida.
Homem de Marte e os Invasores
Uma nova banda Portuguesa, que aparentemente ganhou um concurso. A sonoridade pareceu-me bastante original para o panorama do nosso país. Estava-me sempre a lembrar dos meandros do Visual Kei, que também misturam o piano clássico com o rock dumaw. Aliás, foi o piano a minha parte preferida dos sons. O que me pareceu, sem querer ser ofensiva de maneira nenhuma, foi que a música não combinava muito com o vocalista. Senti que ficaria mais bonita, sobretudo porque as letras também me pareceram interessantes, se fosse uma voz mais profunda e sonhadora... Tipo Gackt. Mas bem, o Gackt podia cantar todas as músicas do planeta que ficava sempre bem, por isso é só um comentário sem lógica. =p
The Chameleons
Tinham-me dito "É uma banda do tempo e da onda dos The Cure, mas que se perdeu e agora voltaram". E eu pensava "olha que giro". Mas chegando lá... Epá. Esta gente. É estrangeira! São ingleses! Como será que foram parar às Festas de Corroios? Surreal!
Mas foi um grande espectáculo. Gostei do som assim que começaram, é o tipo de música que faz mesmo o meu estilo. Assim, mesmo sem saber música nenhuma, fartei-me de "dançar" e de gritar e bater palminhas. Bem, já estava um bocadinho entornada por esta altura... Mas não interessa! O vocalista também já estava todo entornado! Estava todo contente, thank you, thank you, a pedir feedback e o público, sim, a dar o feedback todo! Ainda me diverti a analisar alguns elementos do público, que aparentemente eram os fãs que dão o culto à banda.
Ainda houve dois encores e agora vou sacar a discografia toda porque quero ouvir isto outra vez!
Também conhecido por "Despertar da Mente", mas gosto mais do título em Inglês, porque é mais bonito. Um filme que o boy trouxe cá para casa para vermos, e ainda bem, porque é mesmo bonitinho. :)
É uma história de amor que corre mal, entre um Jim Carrey sem comédia, um homem vulgar, e uma rapariga de cabelo às cores. Os opostos, que pelos vistos se atraem. Tanto corre mal a história que ela decide apagar o amante da memória. Bem, no universo do filme é perfeitamente normal apagar pessoas da memória! Mas isso é o menos. Acontece que ele descobre isso e decide também apagá-la da memória.
Vê a sua relação a desmoronar-se de trás para a frente até ao momento em que pensa... "Não. Deixa-me ficar com *esta* memória". E decide salvá-la de ser apagada.
Assim, temos uma mistura do sonho em que ela vai desaparecendo e ele vai redescobrindo como gosta dela, e a realidade. Em que lhe estão a apagar a memória e mais sobre os apagadores é conhecido. Inclui cenas hilariantes de pessoal todo mocado (Cérebros! =D)
O sonho é muito bonito, está muito bem filmado. Segundo consta, este realizador era um génio dos videoclips e decidiu fazer um filme. Esses elementos, de "videoclip" funcionam de maneira excelente, porque os sonhos são apenas secções, são descontínuos, não fazem sentido. A narrativa faz cada vez menos sentido, porque não existe. As minhas cenas preferidas foram as da infância (excepto aquelas debaixo da mesa) e o desfile, que aparentemente foi todo improvisado.
Um filme romântico, um filme estranho, um filme encantador. Vejam-no!
Bem, ao tempo que eu não escrevia nada sobre anime! Confesso que não tenho visto muito (estou com os semanais todos atrasados...) porque, bem, não tenho passado assim tanto tempo em casa. É Agosto pessoal! Mas bem, finalmente acabei de ver um novo anime, por isso aqui está a review. :)
Pus-me a ver a segunda season de Hajime no Ippo em preparação para a terceira season, que irá começar (segundo consta) em Outubro. Já não me recordo exactamente dos detalhes da primeira, mas considerei que esta foi ligeiramente melhor, talvez por ser mais curta. Desta vez não vemos muitos combates do Ippo, em vez disso vemos dos outros boxers do mesmo ginásio (ou amigos). Isto dá uma perspectiva diferente à série, o que é bastante refrescante.
A animação tem os seus momentos, sobretudo na variedade de perspectivas originais, mas também tem as suas falhas e elas estão também nas perspectivas. O resultado final são combates envolventes e emocionantes: os erros notam-se, mas são fáceis de ignorar.
A história, como todo o anime de desporto, é muito simples e é suportada pela variedade de personagens. Estes, têm o seu verdadeiro desenvolvimento durante os combates, em que enfrentam as suas limitações e as ultrapassam. Os combates estão intercalados com momentos de comédia (mais parcos em termos de animação). Assim a série nunca se torna aborrecida, mas - de uma forma ou de outra - achei as lutas demasiado longas.
Ainda nas lutas, elas são animadas por um sonoro muito variado e interessante, do jazz ao dubstep (acho que é dubstep, ainda não percebi bem o que é isso). Se a OP é vulgar, a ED cantada em inglês é bem original e interessante de ouvir.
O veredicto final é que... Eu já tinha pensado ir com uns amigos ver um combate de boxe. Agora quero mesmo ir!
Only the Ring Finger Knows 2 - The Left Hand Dreams of Him
Satoru Kannagi
2003
Light Novel
Muito rapidamente, o segundo volume de Only the Ring Finger Knows. Comecei a ler este antes do primeiro volume, mas interrompi para, bem, ler o primeiro volume. Haha.
Agora Yuiichi é um universitário e Wataru tem de se preparar para os exames. O primeiro capítulo são as desventuras que ocorrem quando o primeiro se envolve num trabalho de arquitectura e decoração (para poupar dinheiro para uma viagem, o capítulo seguinte). Aparece um jovem chamado Masanobu que interfere sem querer na relação. Este capítulo não adiciona grande coisa, excepto que talvez estes dois amigos tenham de sair do armário para o mundo inteiro. O armário é para roupas, não para pessoas!
Acontece que no segundo capítulo, as férias em Okinawa, a porta do armário abre-se mais um bocadinho, com o aparecimento do irmão de Yuiichi (que é em tudo melhor que ele e, portanto, competição). Foi algo que me passou um bocado ao lado... Então o gajo tem mulher e uma filha pequena e diz logo à partida que vai entrar em "guerra" com o irmão? Está-se mesmo a ver que vai tentar engatar o Wataru...
Bem, veremos no terceiro volume, que já está encomendado!
Este filme estava a dar na televisão, no Hollywood. Nem era para o ver, mas estava a divertir-me tanto que o deixámos ficar. Porque, de verdade, de coração, eu adoro estes filmes parvos para miúdos.
Um rockeiro falhado engana uma escola e acaba como professor. Em vez de ensinar aos miúdos aquilo que devia, ensina-lhes o rock! O resultado final é aquele cliché de "vamos evoluir todos juntos, depois falhamos, mas voltamos a levantar-nos e acabamos em grande, num concerto de rock!" Mas é tão giro...
A música é engraçada e está bem tocada (seriam mesmo os putos a tocar? Diz que eles sabem mesmo tocar os seus instrumentos...). O mais engraçado foram todas as referências musicais, nem todas assim tão básicas. Para miúdos até se pode dizer que o filme é bastante educativo! Pode ser que os inspire a ouvir boa música, se bem que toda dentro do mesmo género (apesar de variada dentro de sub-género... Ai que confusão!)
Jack Black, o actor principal, continua hilariante, apesar de ainda poder evoluir como actor biomecânico. Mas acho que não vai nessa direcção, já que o que faz agora funciona.
Enfim, acho que vou guardar este filmeco para ver com o Babe, o meu afilhado, se ele curtir depois mostro-lhe música mais à frente! =D
É verdade, eu não estou a fazer isto por ordem. Não vi este filme depois do outro e antes deste ainda vi outro, esperem pela referência. OPÁ ESTOU DESCONCENTRADA! Perdoem-me... ;___;
Mas bem, o Tarantino faz um filme sobre cada coisa, por isso porque não um sobre a segunda guerra mundial? Mais especificiamente, sobre um grupo de soldados de vibe psicopata que andam a matar nazis sem dó nem piedade. E da agente dupla que os leva a infiltrar-se, com mais ou menos jeito, no cinema. Liderado por uma judia escondida, que tem a ambição de pegar fogo àquilo tudo quando for a estreia do filme do soldado nazi que está apaixonado por ela. Tudo interligado!
Enfim, é um filme muito divertido. Os personagens são tanto aterrorizantes como deliciosos, e isto porque são tão bizarros, cada um com um lado maligno muito evidente. Mas é impossível não gostar de todos eles, até dos piores. Isto não seria possível sem grandes actores, ajudados pela força do argumento.
A recriação histórica é colorida e exacta, do pouco que sei da história propriamente dita, adocicada por detalhes (como os nomes no jogo dos papéis na testa).
Só depois de ler um bocadinho consegui descobrir onde estava o Tarantino (que aparece nos filmes todos dele). Quando descobri fartei-me de rir, tentem encontrá-lo!
Nota: antes deste filme vimos (eu revi) A Wind Named Amnesia. Queria acrescentar que desta vez adorei a banda sonora!
Jantar romântico, vinho romântico, indisposição romântica, filme romântico?
Inferno-sim!
É um filme Chinês, o que já de si é uma novidade para mim, que fala sobre a solidão e sobre o amor que nasce no meio dela. Numa casa muito estranha, com muitas zonas partilhadas por vizinhos barulhentos, uma mulher espera pelo marido que está sempre em viagem e um homem adormece antes da mulher chegar a casa. Estão tristes e acabam por se juntar na composição de uma história de artes marciais, mas sem nunca se tocarem. No entanto, têm de estar escondidos, por causa das aparências. Acabam por se apaixonar? Talvez...
Este filme tem alguns pontos de interesse e talvez eu não o tenha apreciado como deveria por estar tão mal-disposta... Começo pela curiosidade de que o realizador e argumentista não escreve argumentos. Assim, o filme saiu praticamente todo de improviso, num jogo entre actores e director. O resultado é de uma subtileza e delicadeza fascinantes, com diálogos muito naturais - apesar da dificuldade para o visionante ocidental, à conta da língua que tem as suas inflexões próprias, bem diferentes da nossa romanização.
Esta aura elegante é apoiada e intensificada pelo trabalho de filmagem e fotografia, sempre com perspectivas estranhas, perspectivas das personagens que por vezes podem confundir um público menos atento (eu). O que mais gostei, mais do que as cores, foram os padrões, por vezes bizarros e perturbadores, mas com um efeito de belo. Então os vestidos dela, eram fantásticos, quero-os todos para mim. Em cada cena usa um diferente!
Mas bem, um belíssimo filme para ver no sofá, bem enroscadinha em modo-pequeno-mamífero :)
Toda a gente me disse que eu ia odiar. Mas estava no clube, por isso lá fui eu ver. Precisava de perceber porque razão é que haveria de odiar isto! Depois de uma versão sem legendas e de uma versão fandubbed em russo, consegui apanhar a série e lá me pus a ver.
Não odiei! Aliás, até gostei bastante dos primeiros episódios.
Medaka é a presidente da associação de estudantes e institui uma caixa de sugestões, onde lhe pedem favores. Ela resolve-os e planta uma flor por cada problema, com o objectivo de ter um lindo jardim. O último terço da série, mais ou menos, é uma luta em que Medaka aparenta ter super-poderes extremamente exagerados. Dizem que é essa a parte de que gostam mais, mas pareceu-me excusada e fora do contexto.
Os personagens são típicos, todos extremamente fortes e com capacidades quase sobre-naturais para resolver os problemas. Adicionem-se maminhas, está a série feita.
Arte? Não má, não má. Mas também não boa, sobretudo nessa última parte da luta épica, com muitos gritos, roupas rasgadas e cabelos à-la super-guerreiro do espaço. A música condiz com essa condição de super-guerreiro do espaço. A ED está engraçada, com alguma calma que falta ao resto da série.
Acho que teria sido melhor conseguida se se tivesse mantido na onda do fatia-de-vida, com comédia e fan-service (serviço para fãs?) em moderação. Perdeu-se no vulgar muito rapidamente. Teria de ver também a segunda season, mas acho que esta me chega.
Only the Ring Finger Knows 1 - The Lonely Ring Finger
Satoru Kannagi
2001
Light Novel
Apareceu-me a oportunidade de comprar os dois primeiros volumes desta novela clássica do universo BL e não pude deixar de a aproveitar. Mas enganei-me na minha leitura: quando saí de casa, levei um dos volumes para ler nos transportes, mas levei o segundo em vez do primeiro. Assim, li primeiro o terceiro capítulo e só agora estes dois primeiros, da primeira Light Novel. Spoilei-me porque fiquei rapidamente a saber que acaba tudo em bem (e agora também vós foram spoilados!), mas nada de grave.
A história é sobre uma série de mal-entendidos que culminam na formação de um casal, Yuichi e Wataru. Esses mal-entendidos giram todos de volta de dois anéis que se complementam. É uma história muito romântica, gostei muito.
É também uma história BL muito típica, com uke e seme caracterizados da maneira mais comum. O seme é o rapaz perfeito mas com um génio forte, o uke é frágil e envolve-se sempre em problemas porque tenta fugir a eles. O típico. No entanto, os personagens têm um certo traço de originalidade, quando se revela a fraqueza e a insegurança do seme - Yuichi - e o amor que o uke tem dentro dele. É bonito.
É um livro leve, bem escrito, com descrições plácidas das acções e dos locais. Conseguem-se visualizar perfeitamente, apesar de não terem muito detalhe.
E agora que li isto, fico a pensar... Também gostava de ter um anel... ^_________^
Ganhei este micro-livro num concurso do ClubOtaku, site para o qual contribuo com as minhas reviews de anime e manga. Era um concurso de fanfiction com o tema do "Natal" e escrevi sobre Rose of Versailles. Se tiverem interesse podem encontrar a minha história no meu deviantArt, entre outros escritos de maior e menor qualidade. Chama-se Entrega de Uma Carta no Dia de Natal.
Enfim, passado uns tempos de ter recebido este livrito, o dono do site (que será o Fernando, mas que eu conheço como Ogata, ou Tetsuo :3) pediu-me que fizesse um comentário sobre ele aqui. Mas só agora acabei a lista gigante de livros que tinha em atraso, por isso só agora aqui estou a comentá-lo.
Isto é uma brincadeira de amigos, que decidiram definir alguns termos da cultura pop Japonesa, isto é, de anime e manga. Agora a questão é a quem isto é dirigido: se a nós - os fãs - se aos que não conhecem. Se para nós, não vejo bem a utilidade, pois todos sabemos todos os termos aqui definidos e não existem muitas curiosidades inéditas (bem, talvez nem todos saibam de Mishima, nem da Godijira, mas eu sabia...) Para os que não conhecem, acho necessário fazer o teste e ver se é claro para quem não faz ideia do que é um anime e do que é um manga (eu digo no masculino que acho que fica mais bonito).
Infelizmente há alguns termos que estão mal definidos e por vezes o tom pessoal é um bocadinho pessoal de mais, ultrapassando a fronteira entre o escritor e leitor de maneira um pouco desconfortável ("eu não defino esta palavra, procurem-na se quiserem e tenham medo, hoho!" Não fica bem) Entre os termos erróneos, fica a nota para shounen-ai e yaoi, que não são a mesma coisa e que são termos que já não se usam (se bem que começaram a ser abandonados circa 2006, altura em que este livrinho apareceu, por isso podemos perdoar). Da mesma forma as yamanba não existem, desapareceram, foi uma moda muito fugaz e desapareceu também a meio dos 00. Em termos de moda seria mais importante definir visual-kei (que também é música), lolita ou gyaru - gal.
No entanto, gostei deste presentinho e vou submetê-lo ao tal teste. Isto é, vou (tentar) registá-lo no BookCrossing e promover uma actividade de empréstimos com ele. :)
Digo tentar porque o livro não tem ISBN e não sei se o posso registar sem ele...
200 Anos de Poe - Antologia Comemorativa dos 200 Anos de Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe (Edição de António Vilaça)
2009
Contos
Um estranho livro para um estranho autor. Comprei este livro horizontal a propósito de uma promoção da Editora Saída de Emergência, que aproveitei em grande (como podem ter reparado).
São sete contos, que passarei a comentar um a um, brevemente:
A Carta Furtada - Um policial muito simples à moda do Sherlock e Agathas e essas gentes, sobre uma carta escondida da maneira mais básica.
A Queda da Casa de Usher - Um terror gótico sobre uma casa assombrada e um hipocondriaco.
O Escaravelho de Ouro - Piratas. A resolução do mistério tem o seu quê de complexidade e gostei bastante, porque os personagens eram muito divertidos.
O Coração Delator - O meu favorito, sobre um assassino.
Berenice - O meu segundo favorito, sobre um tipo que é assombrado e fica maluco sem sequer se aperceber.
A Máscara da Morte Rubra - Um conto de fadas que dava um belo filme de terror.
O Homem da Multidão - Um homem segue um desconhecido no meio da multidão e o desconhecido é estranho.
Gostei bastante, sobretudo dos contos mais horripilantes. São estes que distinguem Poe como o fundador da literatura gótica e fantástica que tanto apreciamos hoje em dia. Os outros, os mistérios, também são giros, mas são menos impressionantes e "mexem" menos com as emoções do leitor.
Tinha lido muito pouco de Poe, apenas alguns poemas, mas com estes contos fiquei com vontade de ler mais.
Tudo começa com a chegada de um novo estudante à escola. Esse estudante aparenta ter poderes bastante estranhos e começa a transmiti-los a todos os estudantes. São psíquicos e podem ler os pensamentos, entre outras coisas. De onde veio ele? E como resolver os problemas que são cada vez mais nesta escola? Sobreposta a esta premissa, existe também um triângulo amoroso, feito de dedicação e de sonhos. O resultado é simples, mas bastante interessante. Não posso contar mais, terão de ver o filme para saber. :)
A arte contribui muito para o visionamento do filme ser um prazer: é profundamente bela, com fundos luminosos, de cores vibrantes e veraneantes e muito detalhado. Os designs do cenário são originais na medida em que não imagino que exista uma escola assim e de que toda a gente vive em casas espectaculares. Um trabalho de fotografia muito bom, com designs de personagens que não são demasiado simples e não destoam do resto do cenário. A animação, sobretudo dedicada a luzes que rodopiam, é boa, se bem que os movimentos dos personagens - num tom de comédia - por vezes tiram um pouco do ritmo do filme, apesar de o tornarem bastante leve. As secções que gostei mais, em termos artísticos, foram aquelas dos "sonhos", pintadas em aguarela e com cores correspondentemente surreais. Por vezes, um CG que ardia nos olhos, mas nada que não se consiga ultrapassar.
A história tem duas camadas mas é bastante simples, tal como os personagens. De certa forma, é um verão adolescente e as personagens comportam-se como tal. A comédia vem deles e, como digo, por vezes não fica muito bem, mas se os aceitarmos como pessoas (são mesmo assim) posso admitir que estão bastante sólidos. O personagem do avô é sem dúvida o mais interessante. E o cão também, hihi.
A música tem dois extremos: ou está extremamente bem aplicada - como o caso da constante Claire de la Lune (fica bem em todo o lado...) - ou é extremamente cliché - como o caso da música final. No primeiro caso, adicionava vibrações positivas e calmantes ao teor do filme, mas no segundo tornava-o previsível e aborrecido. Falando em previsões, o final espantou-me completamente.
Adorei também as referências ao "Sonho de uma Noite de Verão", uma peça que tentámos montar no meu antigo grupo de teatro. Eu era a Helena, mas não conseguimos levá-la para a frente, infelizmente...
Este seria o tipo de anime que eu nunca veria. Mas... Quando fiz a minha nova lista de coisas para ver... Estava lá. E eu ia deixá-lo para o fim. Mas de repente, aparece-me no clube para ver! Oh bolas! Tenho de o ver! Mas vá lá, não é tão mau como eu estava à espera. A sério! Só um bocadinho...
Ryo Saeba é um bon-vivant. Tem uma parceira que o impede de ser mais badalhoco, com um martelo de uma tonelada. Mas bem, isso é o menos. Ryo Saeba é o City Hunter. Todos os episódios, que são cinquenta e um, é contratado por alguém - normalmente uma mulher - para proteger uma mulher (ou para apanhar, ou para interagir com ela). Invariavelmente, todas se apaixonam por ele no final. Cinquenta e uma mulheres, sem contar com a parceira, se apaixonam por ele. Mas a parceira nunca o deixa ir até ao fim e, assim, Ryo Saeba continua a ser o City Hunter, semi-solitário e corajoso, com uma pistola toda jeitosa e uma pontaria irrepreensível.
A história, episódica, é repetitiva. Não há nada que se sobreponha a cada uma das historietas dos episódios, que não têm conexão entre si. O esquema é sempre o mesmo: Rwo Saeba encontra uma mulher toda bouah, há uma série de piadas que envolvem a parceira e o seu martelo, depois aparecem os maus, alguns tiros são trocados, a gaja é salva, o problema é resolvido, vão todos para casa. Como encontraram cinquenta e um designs diferentes para cada uma das gajas é uma situação que roça o fascinante. Rwo Saeba, o propriamente dito, é um gajo muito fixe (so cooool!) mas nada mais que isso. Ser fixe simplesmente não chega.
A arte não está má de todo, mesmo para anos 80. A animação não é, vamos admitir, muita, mas a que existe está bem feita e existem por todo lado alguns truquezinhos para disfarçar a falta dela.
E, como sempre em tudo o que vem dessa década maravilhosa, a música é deliciosa. Como tudo o resto, não é muita. São sempre as mesmas músicas em todos os episódios, e sempre nos mesmos sítios. São umas cinco ou seis. Mas são mesmo gostosas. Adorei sobretudo a ED, que por acaso até me lembra uma música qualquer de um anime mais moderno, mas que até agora não consegui identificar? Alguém me ajuda?
Devo confessar que quando me inscrevi para esta actividade no BookCrossing, não estava à espera que o livro fosse assim. A sinopse enganou-me e pensei que fosse um romance. Devo confessar também que foi uma das raras vezes que li uma reportagem em forma de livro.
Impressionou-me muito. Eu abomino, faz-me confusão e faz-me triste, ver ou ler ou saber de pessoas, animais ou plantas - seres vivos em geral - que sofrem. E vemos isso todos os dias na televisão, pessoas a serem assassinadas em directo para o noticiário ter notícias para noticiar. E é perfeitamente normal e gozamos com isso e dizemos "bem feita", porque a pessoa era má, ou feia, ou isto, ou aquilo. Temos muita pena se a pessoa é famosa ou bonita, sem sequer a conhecermos, mas todas as outras deixá-las estar a sofrer. E eu sou culpada, porque eu também gozo com os pobrezinhos de África que estão a morrer de fome e se deviam começar a comer uns aos outros, ou comer Americanos que têm mais chicha (ou então, que era o que faríamos se fôssemos criaturas lógicas, pegávamos na fruta toda excedente da nossa produção e mandávamos para lá, mas dizer isto não tem tanta piada, pois não)
Por isso esta reportagem veio mesmo a calhar. É sobre as pessoas da África subsaariana que tentam fugir das terras deles e vir para a Europa, onde acreditam que vão conseguir trabalhar, estudar, fazer a vida e ter carros e boas casas. Parece que já lhes disseram que não, que não é assim, mesmo que não sejam deportados quando cá chegarem não há trabalho para ninguém e vão acabar mal. E a reportagem fala das histórias que acabam mal. Acabam todas mal, umas menos que outras. É assim a vida, mas não devia ser, não é justo que seja assim, pessoas são pessoas.
Relatam-nos como vivem como animais, como são transportadas como animais, como são tratadas como animais... Pior que os animais. Até eles têm mais direitos do que estas pessoas. E não são "pobrezinhos". Têm de pagar 3000, 4000, 15000, 40000 euros para chegar cá e isso, até para nós que já cá estamos, é muito dinheiro. Empenham casas, vidas, tudo para dar vidas melhores à família e afinal de contas não há vidas melhores. Porque é que ninguém lhes diz que se vierem para aqui vão acabar a pedir ou na prostituição? O repórter foi ao Intendente e falou com as prostitutas que lá andavam. Ninguém, ninguém no planeta inteiro, por maior que seja a pobreza, ambiciona acabar no Intendente. Mas lá estão. Não é justo. Não é justo que as pessoas tratem assim outras pessoas.
A reportagem fala das vidas e das diferenças de cultura, das ambições e dos sonhos, das religiões, da inadaptação. E no final a realidade é fria como um matadouro: todas as pessoas são iguais, mas há umas mais iguais que outras.
Mas o que é que nós podemos fazer? Mandar dinheiro para lá? Não posso mandar dinheiro a todas as causas que me impressionam, não tenho assim tanto. Talvez quem o tenha o devesse fazer. Acredito que a solução, se me é permitida a insolência de sugerir uma solução, é a educação das pessoas e a reformulação desses países para que toda a gente tenha oportunidades. Mas isto não é a época dos descobrimentos, não podemos chegar lá armados em States e dizer "vocês agora são uma democracia, façam as coisas como eu mando e já agora dêem-me coisas". A coisa tem de partir de dentro, mas como mudar uma cleptocracia a partir de dentro? As pessoas têm de mudar, têm de ser substituídas por outras que saibam ser... Bem, pessoas. Deixem-me sonhar a minha utopia em que todas as pessoas se comportam de forma a não se prejudicarem...
Quem puder ler este livro e tiver um bom estômago, recomendo. Pode ser que se todos soubermos o que se passam encontremos uma solução viável.
Pois é, um livro chamado Livro. Tinha uma certa curiosidade em ler este autor e o livro chama-se Livro, é um nome muito engraçado. Gostei e não gostei, tudo ao mesmo tempo.
A primeira parte fala da vida de Ilídio e Adelaide, numa aldeia Portuguesa, e da sua mudança para França, onde se tornam os típicos emigrantes lá sediados. Está muitíssimo bem escrito, cheio de detalhes que se interligam todos uns com os outros com grande mestria. Uma leitura fascinante que transmite imagens muito precisas e emocionais da vida na aldeia e da vida em França da perspectiva de Portugueses que nem sabem muito bem porque lá foram parar.
Agora, a segunda parte... Detestável. Ficamos a saber porque o livro se chama Livro e é desapontante, foleiro e triste. Eu pensava que era por causa do livro que está sempre presente na vida dos dois personagens e, de uma maneira um pouco rotunda, acaba por ser... Mas a verdade que está mais acima é de um grande mau-gosto. Esta parte está escrita numa primeira pessoa pretensiosa, que dá ares a grande erudito da literatura e no fundo é praticamente uma lista de "todos os livros que eu li, o que não li mas ouvi falar", isto é, "olhem para mim, sou tão culto"
Assim, não sei o que pensar deste livro. Não pode existir sem a segunda parte, mas gostaria muito mais se tivesse sido escrita de outra forma...
Ora bem, o que é o WCS? World Cosplay Summit é um concurso de cosplay a nível internacional, com países do mundo inteiro a competir. Cada país tem as suas preliminares e a final é no Japão. Existem alguns países que vão na qualidade de "observadores", isto é, participam em tudo mas não estão habilitados a prémios. Segundo consta, esses são os países que poderão ou não vir a participar no concurso no ano seguinte.
E agora a parte que nos agrada e nos interessa: em princípio Portugal vai, pela primeira vez, participar! E as preliminares serão no Iberanime OPO deste ano. Eu lá estarei, se tudo correr bem. E, por isso, estive a investigar e a recolher informações que irei partilhar aqui. Recolhi-as de vários fóruns que frequento, sobretudo do brasileiro (onde as pessoas são as mais simpáticas e onde têm uma grande experiência de WCS). Fica então a lista das coisas que recolhi (que poderão ser apenas rumores, tenham isso em atenção):
Os juris têm uma "mania" anual. Pode ser efeitos com pó de talco (em Portugal não usamos, mas são muito populares no Brasil); podem ser vestidos enormes; podem ser asas. Como nós por cá nunca tivemos concurso, não sabemos quem vai ser o juri. Tendo em conta que toda a gente está a pensar participar (eu sei, eu conheço-vos!) duvido que tenhamos algum dos nossos cosplayers no juri, mas logo se verá. Enfim, isto para dizer que a "mania" poderá não existir cá.
O fato não conta muito, o que interessa é a performance
É melhor ter uma das pessoas num fato confortável para se poder mexer, para o skit ser mais activo
Em alguns países os cosplayers têm de levar um portfolio dos seus fatos todos, com explicações de como os fizeram e fotos
O skit da final tem de ser em Japonês
São precisos três fatos para o Japão, um para a performance, outro para aparições na tv e outro para o desfile
Só podem ir fatos de origem Japonesa e há alguns animes (de algumas editoras) que estão interditos, mas ainda não consegui perceber quais são, toda a gente me diz diferentes. Se calhar são todos.
Os fatos podem ser feitos na costureira (isto, de certeza, depende de país para país)
E é isto! Se eu descobrir mais coisas partilho, ou vão-me perguntando que eu vou sabendo!
E agora vamos ver os sukitos deste ano! Preparados?
O discurso está chato (como quase todos nos skits de cosplay, porque está gravado e não dá para ter nuances nas inflexões) e a luta amolecida, mas adorei aquela cena do cenário que se mexia
Luta aborrecida. Não é assim que se luta com floretes (e eu sei pouco de esgrima). Houve um momento bem expressivo, mas fora isso... Ah, e nota-se que são Japoneses, melhor audio até agora. Team Italy Primeiro Lugar NicoNico Award (Prémio do Público)
Não percebo o prémio, tenho muita pena, mas o público parece ter gostado. Os fatos são muito giros, mas têm muito pouca mobilidade, então o skit está um pouco frouxo. Team Indonesia
Muito giro, adorei que os efeitos do jogo fosse incluídos (apesar de eu só ter jogado um bocadinho de Kingdom Hearts). O cenário está bem usado.
Pobre de quem não viu a série... A conversa está fraca (e o sotaque...), porque o texto é muito rápido para as acções delas. O final é imperceptível e poderia ter sido mais evidente.
Não encontro imagem com fotos dos cosplays da final, sorry...
Vá, isto tem piada. Está um bocadinho mal feito, porque não está firme, mas no final é engraçadinho Team Spain
Awn, que bonitinho. Não percebo, mas é claramente a história do jogo, e é fofinho. Team Denmark
Estou com cada vez mais dificuldades em encontrar os fatos da final
Luta animada, mas pouco eficiente
Bom cenário e bom audio, a mudança de fato ficou meio coisa que as asas não ficaram no sítio...
Team Germany
Vampire Knight, a sério? Julgava que já ninguém sabia disto, haha. Enfim, no texto o sotaque não ajuda e a luta está pouco vibrante.
Em Resumo...
O nível do WCS é muito mais à frente, yay! Parece que este ano a moda foram lutas (bem diziam que isto era por modas), veremos como será o próximo. Em que vamos todos participar. :) Os prémios pareceram-me bem justos e, no geral, isto é um espectáculo muito interessante. Se fossem todos assim, bem contente eu ficava... :p Vamos ver como corre a Portugal: quem quer que vá tem de manter o nível, por isso comecem já a treinar!