De vez em quando aparece um anime especial. Um anime que parece ter sido feito para nós. Um anime que tem tudo o que nós gostamos. SZS é esse anime.
Zetsubou Sensei é um simples homem que vive em desespero. Um professor com muitos alunos. Que o levam ao desespero e, consequentemente, ao suicídio por enforcamento. Cada um dos seus alunos tem características muito sui generis. O que é que isto dá? Um suceder de acontecimentos sem nexo, num universo surreal sem limites. Uma coisa completamente louca. A cada um o que merece! =D
A arte e animação são deliciosas. Variando sem fronteiras entre várias técnicas e estilos, executadas perfeitamente, utiliza de uma enorme variedade de cores, combos, choques e padrões. A maneira como é feita a exposição dos discursos tornam-nos mais bizarros e quase opressivos, oferecendo assim mais motivos para nos matar-nos a rir.
História não há, personagens são apenas a definição de alguns estereótipos, mas tudo funciona na perfeição. As razões para o desespero são tiradas de um sonho sádico e o desenvolvimento, os exemplos, são todos muito imaginativos e muito reais até para o nosso mundo. Existem alguns momentos que são tão estranhos que deixam de ser estranhos para passarem a ser geniais. Dou os exemplos dos episódios 7 das duas seasons e da Reverie de Shummann com letra. A cada episódio não uma, muitas coisas novas. Isto é uma equipe de produção que vai toda drogada para o estúdio e faz simplesmente o que lhe apetece sem nenhum limite, sem nenhuma fronteira que não seja estarem a divertir-se.
Música muito diversificada e muito divertida, sempre apropriada ao momento excepto nas vezes que torna o momento ainda mais psicadélico.
Houve momentos em que eu só quis partilhar isto com o mundo, mas não há cenas bem partidas no Tubo. Houve momentos em que me matei. Pode ser difícil de acompanhar porque o ritmo é muito acelerado e porque tem muitas referências à cultura pop Japonesa (até o Gackt aparece. E o Reinhard) Mas recomendo imenso.
E tenho a certeza que vou rever isto. Depois de fumar um bek.
Mais um livro de Bookcrossing! http://www.bookcrossing.com/journal/11221898 Obrigada!
Um livro que se lê muito bem, história misteriosa e meio paranormal passada na Barcelona dos 80s. Oscar conhece uma misteriosa Marina e vive com ela uma aventura aterrorizante que envolve marionetas e zombies. A história, por si só, não é nada de novo. O interessante é o estabelecer da relação entre os dois jovens, Oscar e Marina, e o seu culminar trágico.
No entanto, existem alguns pontos neste livro que não me agradaram muito. Nomeadamente o retrato de Barcelona e a situação da história no tempo e no espaço. Parece tudo demasiado improvável, sem factos reais que nos façam realmente acreditar que estas coisas aconteceram. Não parece ter havido uma pesquisa muito detalhada, sendo que todos os lugares retratados parecem ter vindo de simples memórias. Isto será agradável para o autor, mas para quem só conhece Barcelona no Verão (e muito pouco dela, já agora) torna-se muito incompleto e tira credibilidade à história que, por si só, tem muito pouco fundamento. Além disso estive o tempo todo a tentar lembrar-me que cancro sanguíneo faria cuspir sangue e não me lembro de nenhum.
Também achei que o desenvolvimento do mistério foi um pouco básico demais e pouco provável. A dama poderia ter ido falar com ele primeiro, imediatamente, e ter contado toda a história em vez de o ter feito passar por uma série de pessoas que em pouco ou nada ajudaram.
É uma leitura agradável apesar de tudo. Obrigada por me emprestarem este livro!
Mais um ano, mais umas Festas de Corroios! Não as perco já há uma série de tempo e ontem lá estive eu.
Como festa, é sempre a mesma coisa, exactamente com a mesma conformação. Bancas de comidas e bebidas e bancas de lojas de Corroios. Lembro-me que houve um ano em que cheguei a comprar uma gaiola nova para o meu querido Lípio, que já está para onde vão os passarinhos quando morrem. Este ano fui eu a estrear a banca das Caipirinhas. O que varia são os concertos, vários durante vários dias. Ontem foi Planeta Vaca seguido de Linda Martini e é sobre os concertos que vou fazer os meus comentários
Planeta Vaca
Não conhecia e não fiquei com vontade de conhecer. Aparentemente vencedores de um concurso de bandas, apresentaram-nos um um rock com tendências mais pesadotas mas que ainda assim cai no vulgar dos Foo Fighters. Não consegui perceber as letras (excepto numa música em que berravam PAZ PAZ PAZ), que admito que possam ter algum conteúdo interessante. A atitude em palco foi um pouco convencida de mais, com algumas tentativas de humor muito falhadas. Não parecem dominar bem a música, apesar do guitarrista/vocalista se ter atirado para o chão a tocar feito rock-star e ter duas guitarras, uma das quais triangular.
Linda Martini
Possivelmente a minha banda portuguesa preferida a seguir a Ornatos Violeta. Eu adoro Linda Martini. Parece-me que compreendo o que eles querem dizer com as suas músicas e identifico-me com elas. Foi a quarta vez que os vi ao vivo. Eu distingo dois tipos de pessoas num concerto de Linda Martini: os que estão à frente a curtir a loucura e os que estão atrás sem fazer ideia do que estão a ouvir. Dado que o meu corpo estava sob o efeito de uma hora de sono durante todo o dia (insónia encantadora sobre a qual podem ler no meu DeviantArt, por enquanto) eu fiquei atrás e mais atrás a curtir a loucura.
É um som pesado, muito complexo e muito intenso, coroado por letras que, sendo um pouco surreais, caracterizam uma realidade crua e violenta. Neste concerto percebi que todos os elementos da banda se encontram na mesma sintonia, o que levou a momentos de grandiosos improvisos, alguns com a colaboração do público. Nota-se que conhecem e amam os seus instrumentos. Não nos disseram muitas coisas mas era evidente que estavam felizes por estar ali.
Além disso, tocaram a minha música preferida. Estava cheia de medo que não a tocassem. Fica aqui para quem conhece e gosta de ouvir muitas vezes e para quem não conhece experimentar estes excelentes sons.
Ora bem, são precisamente 5:34 da manhã. Recebi ordens expressas para dormir menos horas e logo na primeira tentativa tenho uma insónia do demo que não vai lá nem a essências de ópio. Por isso termino de ver este anime.
Quando pensei em começar a segunda season reparei que as opiniões estão divididas acerca dela. É melhor ou pior que a primeira season? Assim, vou fazer uma comparação. Podem ler a minha review para a primeira season aqui.
A arte é equivalente e nesta season apresentam-se algumas cenas que roçam o genial, nomeadamente a perseguição aérea e a perseguição a Rider. Falando em perseguição aérea, porque é que o Archer tem uma nave espacial? Ele tem todos os tesouros, mas isto significa então que aquele documentário sobre os aliens nos terem visitado no passado (aquele com o gajo descabelado a dizer "ALIENS") é verdade!
Gostei mais destas OPs e EDs (ou se eram as mesmas, já não sei, impressionaram-me mais), mas por vezes pareceu que a música a roçar o épico era um pouco despropositada.
Isto é, no geral é a mesma coisa. Mas existe um grande problema. Os personagens. Foram shounenizados. Vamos analisar: temos um assassino sem limites. Então bora adicionar-lhe dois episódios de flashback lamechas e metê-lo a chorar por ter perdido o seu nakama! Houve uma humanização de Kiritsugu, uma humanização escusada, que arruinou o que era um personagem com grande potencial e o tornou num lugar comum. Porquê? Para o definir como o bom da fita? Porque é que tem de ser ele o bom da fita? Porque é o Master de Saber e a Saber é a gaja? Depois há uma evolução inversamente proporcional de Archer. O rei que domina tudo passa a ter golpes de sadismo que o tornam quase num psicopata. E isto para quê, se o personagem tinha tanto potencial? Para o tornar o mau da fita? Tinhamos uma guerra entre iguais, todos os Servants tinham mais ou menos poderes equilibrados. Mas polarizaram a situação, quiseram por o público a torcer. Ora bem, eu estava a torcer pelo Lancer, que era o mais giro. E pelo Rider, pelo qual tive uma grande simpatia porque era um gajo bacano. E fazem-me uma destas...
Este desenvolvimento dos personagens levou a uma quebra no ritmo da história, tornando os eventos facilmente previsíveis (sobretudo a identidade de Berserker) e transformando o jogo de gato e rato em que os ratos também são gatos numa luta do bem contra o mal, quase um monstro da semana com elevados níveis de produção.
Assim, vou fazer esta recomendação de uma forma diferente. Eu recomendo Fate/Zero. A primeira season é imperdível. Depois, se tiverem vontade de ver o resto (e a conexão com Stay/Night) e se tiverem tempo (que também é uma coisa muito importante) vejam a segunda season. Acho que assim é um bom compromisso para todos.
Vou acrescentar uma consideração muito importante que fiz mais tarde, após um breve descanso que não incluiu dormir:
Vantagens de me casar com o Gilgamesh
- Viveria num palácio privado cheio de fontes e passarinhos, com 383 eunucos de várias raças para me servirem e massajarem
- Teria toda a roupa que quisesse
- Poderia apresentar-me em festas sociais vestida com véus flutuantes de
cores variando entre o grená e o amarelo, montada num tapir com uma
grinalda de folhas douradas
- Noites de visionamento de estrelas encantadoras em que ele me nomeia todas as estrelas que possui e quais mas vai dar
Desvantagens de me casar com o Gilgamesh
- Teria de o partilhar com outras 1000 concubinas
- Para ser minimamente respeitada teria de me envolver com actividades
desagradáveis, nomeadamente holocaustos, assassínios em massa, extorsão e
tortura emocional
- Teria de aturar as suas estranhas variações de humor
Assim sendo formulei uma outra situação:
Vantagens de me casar com Diarmuid
- Amor eterno, para sempre
- Pessoa que abre as portas e oferece a cadeira e oferece o isqueiro
- Nunca mais ninguém me ia assaltar porque era logo trespassado por uma lança
- Noites maravilhosas a contar estrelas em que ele não sabe o nome delas mas depois diz que me vai dar a estrela cadente
Desvantagens de me casar com Diarmuid
- Vida nómada de fugitivo
- Provavelmente no campo
- O que significa nunca mais ir ao cinema, nem a uma convenção de anime, nem a um festival de música
Deixo isto à vossa consideração, é uma decisão importante para a minha vida.
Sabem quanto tempo eu costumo demorar com um anime de 50 episódios? 5 dias a uma semana. Com este demorei um mês. E devo dizer... Até foi fixe! Ver as coisas devagarinho até é uma coisa muito agradável, acho que já me tinha esquecido...
Este anime é uma delícia. Antes de mais, é sobre moda. E depois também é sobre amor e amizade. Creio que se esta fosse daquelas séries infinitas ao estilo One Piece eu continuaria a vê-la para todo o sempre, porque é super divertida e tem uma certa candura que costuma faltar ao nosso shoujo normal.
A arte está envelhecida, tanto que julguei que Gokinjo fosse mais antigo do que realmente é. Mas os designs são fantásticos. Antes de mais são muito originais. Mas o mais importante é que são extremamente detalhados. Há uma atenção dada a todos os detalhes, roupa, acessórios, maquilhagem, malas, até brincos, tudo é contemplado no design dos personagens. Que mudam muito de roupa e sabem combinar a roupa que têm com outras peças! Não há grandes cenas de animação e são utilizadas mais cenas paradas, com recurso a símbolos e fundos conceptuais que dão um grande charme ao ambiente.
Temos um conjunto vasto de personagens, que interagem durante toda a série e acabam por se apaixonar ou por fortalecer as amizades. Enfim, isto é um anime sobre um grupo de amigos. Não há nada de notável nestes personagens mas todos eles têm uma certa humanidade em que é possível uma identificação pela parte do público. Uma coisa muito engraçada é que cada um deles tem o seu próprio estilo e uma personalidade que, sendo simples, está bem demarcada. Adorei a ironia da lolita ser a obcecada com o peso.
A história varia rapidamente entre momentos de grande tensão e momentos de humor. O personagem de escape Noriji funciona muito bem e as expressões simplificadas (as "caras que fazem") também ajudam. No entanto o ritmo é muito prejudicado por uma quantidade opressiva de flashbacks.
A música é extremamente variada. Temos alguns temas recorrentes que não são nada de especial mas alguns momentos são pontuados por um pop fofinho sempre apropriado à situação.
Enfim, um anime que pode não ser o melhor de sempre mas que recomendo. É fácil, é colorido, é muito divertido. Dá para aprender sobre a moda dos 90s também. E estimula a criatividade. Tanto que até eu quero ir para a feira da ladra agora!
16/16
Houve aqui um erro. A verdadeira review 16 era para ser uma coisa totalmente diferente e original, algo que nunca fiz e provavelmente não voltarei a fazer, mas não consegui terminar o material em causa em tempo útil. Assim, fica a review do último media a ser utilizado na Twilight Zone, terminado no aeroporto.
Contos
Tchékov
Contos
1880s
Comprei este volume, capa dura em cabedal, por um preço ridículo num sebo. Um sebo é como um alfarrabista, mas 700 vezes maior e com livros modernos e com livros interessantes. E existem por todo o lado.
O volume que obtive contém seis contos:
O Beijo
Kashtanka
Viérotchka
Uma Crise
Uma História Enfadonha
Enfermaria Nº6
Seguidos de umas poucas páginas com comentários históricos e editoriais.
Este autor, do qual eu apenas tinha ouvido falar, revelou-se interessantíssimo. A escrita é muito sensível e contemplativa e há uma utilização de descrições metafóricas e eficazes do ambiente para caracterizar os sentimentos dos personagens e a sua posição emocional.
Os contos contêm críticas sociais acutilantes mas discretas, que terão passado desapercebidas à censura da época mas que ainda assim existem e são muito fortes.
O meu conto preferido foi Kashtanka, seguido de Uma História Enfadonha e Enfermaria Nº6. O primeiro fala sobre uma cadelinha que se perde e é feito na perspectiva da dita cuja, o que torna o conto muito engraçado e quase infantil, mas ainda assim fervendo de emoções.
Desejo ler mais Tchékov no futuro e estou extremamente curiosa em relação ao seu trabalho de dramaturgia. Recomendo este autor.
Ora pois bem, pois bem, encontro-me dentro de um avião. Outra vez. Dado que todos os filmes do sistema de entretenimento estão dobrados e eu já começo a perder a paciência (devido a certos macaques) estou vendo anime.
Estou escrevendo isto enquanto vejo anime, para grande novidade pois normalmente espero até que termine o evento para falar sobre ele. E estão a servir um sanduiche de qualquer coisa com queijo mineiro. Ainda bem, estou esfaimada.
Então vamos ao anime. Lembram-se do AOKI DENSETSU SHUTO? Está de volta, em 25 intensos minutos de jogo contra uma equipa alemã (estranhamente fluente em Japonês). Sendo um filme, OVA ou o que seja, seria de esperar que a arte fosse melhor. Os stills são, efectivamente, melhorzinhos, mas a animação pejada de linhas cinéticas mantém-se.
Pelo que vejo há um certo desenvolvimento dos personagens que poderá ser útil numa futura season, já que aprendem tudo sobre a força interior, o espírito interior e a paixão pelo futebol (e marcar golos com o tornozelo, para trás, nem o Ronaldo faz destas)
Uma coisa que me está parecendo interessante é a música, na qual não tinha reparado durante o verdadeiro anime. Tem uns ritmos tropicais, umas cuícas, um tú-tú-tú-tú-tú, misturado com uns momentos musicais muito épicos que lembram os jogos sem fronteiras.
Essencialmente um bónus à série com muito pouco interesse para não-fãs.
SPOILER: Eles ganham, evidentemente, a uma equipa Europeia muito superior. O poder de uma força interior...
Um livro que comprei para ler no autocarro (ônibus). Escohi-o porque me despertou curiosidade, o que seriam contos desta terra que também me pertence.
Não posso dizer que tenha adorado ler este livro. Os contos são todos aventuras de gauchos corajosos, contra injustiças de inimigos loiros e vegetarianos. Há uma profunda caracterização do ambiente envolvente e por vezes parece que estamos perante os campos, o gado, com os seus cheiros e o seu calor. Parece que estamos a tomar um chimarrão. No entanto, a escrita é extremamente difícil. Lembram-se de eu ter mandado vir com o Mia Couto por causa do Africanês? Devia mandar vir com Simões Neto por causa do Gauchês. Eu percebo a maioria das coisas, pois são palavras que eu oiço muito com a minha família. Mas acaba por se tornar demasiado críptico. No entanto faz sentido que esta linguagem seja usada, pois aparentemente são histórias de tradição oral.
Também há uma secção interessantíssima de lendas: Mboitatá, Salamanca do Jaraú e Negrinho do Pastoreio (além de uma colectânea de lendas famosas de outras regiões). Histórias construídas com grande originalidade e excelente trabalho de pesquisa, tornam o que seriam lendas básicas em verdadeiros mitos com grande complexidade, mantendo a tradição oral.
Recomendo para quem tiver desejos de conhecer mais sobre o "ambiente" gaúcho, pois aquilo que circunda os personagens está muito bem descrito. Linguagem difícil, pode requerer dicionário de Gauchês. Que, por acaso, até existe!
A exposição que deu azo a uma imensa complicação. Tinhamo-la visto de carro (está instalada no jardim) e de noite, de longe, pareceu lindíssima. Então fomos vê-la.
De dia.
De perto.
Afinal é horrorosa.
São 30 estátuas de ferro, de proporções bem crescidas (a menor terá uns 12 metros cúbicos, por aí). Estátuas de elementos brasileiros e do mundo, que simbolizam a paz e a fé na humanidade. Isto resume-se a Cristo, umas pessoas desproporcionadas, uns bois gigantes, uns cavalos e, por estranho que pareça, espadartes.
São esculturas monumentais, trabalhadas em placas justapostas. A sua confecção aparenta ter um grau de dificuldade elevado, mas o simbolismo é evidente (fora os espadartes) e acaba por ser aborrecido. É uma boa exposição para estar num jardim, porque está ali parada a ver as pessoas a correr, mas não me despertou curiosidade para saber mais sobre o trabalho do autor.
Hoje tomei o roteiro turístico, o que é apenas outra maneira de dizer que me perdi. Assim sendo passei a tarde à espera que se zagassem comigo e a terminar este ensaio chatíssimo.
Aqui debatemos se o amor maternal existe na realidade ou não. A autora tem na ideia de que não existe e esforça-se por o provar através de uma análise (graças a deus) resumida da atitude das mães ao logo dos anos, a partir do século XVII. Ora, isto é suposto ser um debate filosófico por isso antes de expressar a minha opinião vou dizer duas coisas que me fazem desconfiar deste estudo. O primeiro facto é que aparentemente não existiram mães antes do século XVII. O segundo facto é que aparentemente só as francesas têm filhos. Isto é, outras eras e outros países não são contemplados nesta análise. Claro que podemos dizer "se o amor de mãe não é cultural, seria indiferente o local onde é feito o estudo". Mas eu acredito que ignorando modinhas francesas chegaríamos a conclusões bem diferentes.
Daqui se pode depreender a minha opinião. Eu não duvido que exista amor maternal imediato, logo depois do nascimento da criança e mesmo durante a gestação. É um mecanismo de sobrevivência elementar partilhado pelos mamíferos em geral. Tomar conta da filiação de forma a que esta sobreviva e os genes parentais sejam preservados. Mas Badinter parece ignorar que nós, humanos, não somos nenhuma criatura especial. Somos mamíferos como os outros, temos as mesmas hormonas, temos os mesmos órgãos e a nossa evolução fetal é igual, somos seres metamerizados e simétricos e nenhum lobo frontal extremamente desenvolvido pode mudar isso. No prefácio a autora chega ao ponto de afirmar "eu sei que existe ocitocina e prolactina mas eu vou ignorá-las bué porque nós somos tipo pessoas especiais, tás a ver?". NÃO. A ocitocina e a prolactina INFLUENCIAM o instinto maternal. Um animal sem instinto maternal é considerado PATOLÓGICO. Assim, este ensaio não tem qualquer tipo de base científica que possa dar azo a um debate. É falacioso porque se baseia numa pre-concepção feminista da autora e numa análise histórica muito incompleta em vez de se basear em dados quantitativos e mensuráveis. Assim, para se fazer este debate desde o início, sugiro o seguinte estudo de comportamento animal (que se poderá transpor para o comportamento humano)
1. Vamos tirar ocitocina e prolactina a uma variedade de bichos! Sugiro cães, ratos, vacas e primatas. Não o podemos fazer em humanos porque os humanos têm pré-concepções culturais (até agora desconhecidas nos bichos) 2. Ah espera, sem ocitocina e prolactina não há gestação nem lactação. :< Por isso.... Vamos administrar substitutos sintéticos! 3. Momento do parto! O animal tem comportamento maternal? Se não significa que o comportamento depende das hormonas. Se sim, temos um novo mistério!
Simples, rápido, eficiente e acho que não é assim tão caro. Vou ver se o meu prof me deixa fazer isto (ou se já existe, o que é provável)
Foi uma leitura que tendo o seu interesse me deixou raivosa pela falta de objectividade. Mas aprendi que Freud era um machista incompetente. Ah, e o livro tem montanhas, catadupas!, de erros de tipografia.
Fica a questão interessante: "Porque é que o meu pai me deu este livro para ler?"
Desta vez não foi dobrado, apesar de birra de criança de oito anos que não sabe ler. E um filme em que se percebeu o nível cultural da audiência dado que 80% dela adormeceu.
Eu não sou muito apreciadora de Woody Allen desde que percebi que as mulheres dele nunca usam sutiã. Mas este filme foi tudo. Foi belo, foi engraçado, foi inspirador.
Gil é um pobre triste atormentado por uma noiva desinteressante que, por uma magia qualquer que eu quero que me aconteça a mim, vai parar aos anos 20, um mundo povoado de escritores, compositores, pintores e artistas em geral. Que sorte a dele! Isto dá-nos oportunidade de ver cenas hilariantes (rinocerontes também!) e de aprender um pouco sobre a vida e obra desses autores. É delicioso indentificá-los e "estar com eles" numa festa ou a beber um copo. Do pouco que conheço pareceu-me que todos estavam muito bem caracterizados.
Com uma pequena moral por trás, este foi um filme que me inspirou a trabalhar mais e a escrever mais. Posso adiantar-vos que neste momento estou desejosa de escrever uma história sobre um beijo, mas que não sei como a abordar. Acho que vou seguir os conselhos do filme e ser simples, observar a realidade e adicionar um pouco de sonho. Talvez as minhas histórias tenham sonho a mais...
Mas o melhor do filme são as imagens de Paris, acompanhadas por uma música muito especial. Dá vontade de lá voltar e de procurar os autores. Dá vontade de lá voltar e dar passeios nocturnos (com cuidado para não sermos mortos por rappers). Dá vontade de lá viver. Sempre pensei que Montmartre fosse o lugar ideal para mim. Talvez seja mesmo.
Vá,uma review a um museu sem ser a uma exposição específica.
Começo por comentar a arquitectura do elemento. Tal como comentei com o pessoal do CB que tive o prazer de encontrar ontem, em relação à Catedral e Largo da Sé, acho estes edifícios fascinantes: a sua estrutura é feita nos moldes clássicos, mas são construções relativamente novas.
Em relação à exposição em si, o museu alberga um relato da história brasileira desde a sua independência que, efectivamente, não é muito longa. É uma colecção interessante, pois demonstra como os brasileiros do antigamente não eram nenhum Rodrigo Santoro bigodudo, e mostra algumas coisas interessantes, nomeadamente carros de bombeiros e fotografias de bebés.
A exposição é muito informativa, chegando por vezes ao ponto de ser demasiado descritiva.
Não gostei da organização do espaço, temos uma sala de produção de café seguida de uma sala com cadeiras, qual é a relação?
Mas uma experiência bastante original, recomendo bastante a quem tiver a oportunidade.
Nota: o museu também é conhecido por Museu do Ipiranga, pois foi feito no local onde Pedro mandou um berro.
Mais um filme dobrado, dado que nesta casa há crianças de 8 anos que ainda não sabem ler (dentro de todas as possibilidades, isto acontece)
E um filme pontuado frequentemente por "estivemos aqui! Oh meu deus! Estivemos aqui! Estivemos ali!" Bastante irritante para quem nunca lá esteve nem tenciona nunca lá ir. Eu não gosto da Itália menz.
A história e evolução das personagens é simples e previsível. Mulher divorciada compra casa na Toscânia (ou Toscana, wtv) e tenta refazer a sua vida. E consegue. Mas existe uma coisa inteligente, que é a dificuldade que ela encontra na procura da sua felicidade amorosa. Isto pontuado por alguns momentos de humor inocente fazem o filme agradável e fácil de seguir.
O ponto forte é a colecção de imagens da Itália, com bela fotografia, apesar de alguns cenários parecerem mesmo ser fotografias e não filme.
Teria sido um filme bem mais agradável se não estivesse acompanhada de Italianófilos, mas vê-se bem
Não é a primeira nem a segunda, ela é a QUINTA DIMENSÃO!: 8/16
12 Horas
Heitor Dhalia
Filme
2012
5 em 10
Agora já tenho internet, mas é só dentro de um clube de vídeo que passei a frequentar e, por isso, vou guardar todas estas reviews para fazer uma espécie de Diário de Reviews da Quinta Dimensão.
Por isso, Doze Horas. Vi este filme dobrado E legendado (ao mesmo tempo e, posso dizê-lo, a dobragem e as legendas não coincidiam. O que nos leva a desconfiar da veracidade de uma legendagem, sobretudo no que respeita a anime em que é tudo feito por fãs e.... Bem, deixemos isso para depois) E vi este filme do clube de vídeo, aka "locadora".
Uma moça é raptada e metida num buraco. Ao fugir ninguém acredita nela. Entretanto a irmã é raptada também e toda a gente a acusa e não acreditam nela. Por isso vai ela atrás do raptor. É uma premisa simples mas promissora, mas da forma como foi executada todo o filme acaba por cair um pouco na previsibilidade. Há muitas conversas que poderiam ter mais interesse se fossem abordadas de forma diferente (dez minutos de conversa telefónica no meio de uma floresta não é a coisa mais estimulante do mundo...) As actuações não me pareceram nada de especial, mas com a coisa dobrada é um bocado difícil de avaliar.
Tem alguns momentos de tensão em que quase parece um filme de terror, mas falta-lhe o momento a seguir ao suspense, em que efectivamente uma pessoa faz "hhuuuu!?"
Um filmeco bom para estar a passar numa locadora, isso sim.
Permitam-me um comentário aparte: as locadoras extinguiram-se em Portugal, pelo que me lembro na altura da transição do VHS para o DVD. A razão principal é a nossa amada pirataria, que não pode ser travada de maneira nenhuma e que, de qualquer forma, só é odiada pelos que perdem dinheiro com ela (que não sou eu nem a maioria de vós). Também pelos novos sistemas MEO e ZON que permitem o aluguer de filmes directamente na televisão (coisa que eu acho profundamente idiota, como passarei a demonstrar). Ora uma locadora, sítio onde se alugam filmes, como pude observar em primeira mão nesta minha reveladora viagem à Quinta Dimensão.... Ir a uma locadora alugar um filme é uma experiência completamente diferente. É que uma pessoa vai e tem centenas de filmes para escolher. Pode ver as capas e de repente aparece um filme que queríamos ver e nunca nos lembrámos que existia para o podermos ir sacar. De repente aparece um filme com um actor de que gostamos mas que nem sabíamos que existia para o podermos ir sacar. De repente aparece um filme que já vimos e gostávamos, mas que não nos lembrámos de ir sacar. Por mais listas que haja, a lista de uma locadora torna as coisas muito mais simples. Além disso a maioria delas contam com staff que sabe onde está e que pode aconselhar. Também há algumas com filmes raros, difíceis de encontrar na net. Na televisão só temos os filmes mais recentes, a última moda. Mas e se eu de repente encontrar na loja um filme independente super interessante? Além disso, nada de guardar para ver depois. É como ir ao cinema mas em casa. Assim, tenho pena de que se tenham extinguido em Portugal. Se tal não tivesse acontecido, eu voltaria atrás e voltaria a alugar filmes. Lembro-me que todos os fins de semana que ia para o meu pai, em Nárnia, alugava um ou dois filmes. E acontecia não os ver e o meu pai ficar zangado comigo, mas isso é outra história.
Porque mesmo numa terra em que tudo é ao contrário temos filmes de Domingo à noite!
Vi este filme no cinema quando saiu (numa ida ao cinema conjunta com a Zé Gato Crew em massa) mas na altura não lhe fiz uma avaliação. Agora que o revi creio que posso dizer algo sobre ele. Mas repare-se que, acaso do destino, desta segunda vez vi o filme dobrado. Assim sendo Joker passou a Coringa e Batman passou a Batiman.
Este filme faz um excelente trabalho na apresentação da história do Batman, mantendo a fidelidade com o cerne do original mas incluindo o seu próprio twist. Assim creio que agrada tanto a fãs como àqueles que nunca tinham ouvido falar do Batiman (se é que isso é possível). A recriação de Gotham City, uma cidade um pouco escura e propícia a que cavaleiros das trevas andem por ela, parece-me muito bem feita. Assim como o guarda-roupa, que reinventa o fato de lycra em armadura.
A narrativa é simples, um suceder de plot-twists marados e imprevisíveis, planos de uma inteligência muito bela. Mas, para mim, o maior problema do filme reside na simplicidade com que Batiman resolve os problemas versus a complexidade dos planos do Coringa.
Agora, o que é realmente extraordinário naquilo que é apenas mais um filme de super-heróis, é o trabalho de actor. Estão todos extraordinarios, mas não posso deixar de falar do Coringa. Esse sim, é o trabalho de uma carreira. A própria caracterização dada ao personagem, menos palhaço e mais doido, ajuda na manutenção da faceta de loucura, mas esta teria sido impossível sem um poderoso actor para a segurar. Arrisco-me a dizer que valeu a pena morrer para fazer um papel destes.
Apesar dos filmes de super-heróis serem normalmente uma bela bosta e de estarem super-na-moda, recomendo este. Dá-nos a conhecer o universo Batimaniano com recurso a excelentes e intensas cenas que brilhariam até noutro filme qualquer. Esqueçamos as improbabilidades que acontecem no universo dos heróis. Este filme torna-os quase realistas.
Internet disfuncional. Consigo falar com o João pelo skype, mas não consigo ligar o browser. IRC nada.
Mas enfim, mais um livro pertencente à Quinta Dimensão, crónica escrita ao som de João Pedro Pais.
Lido em apenas um dia, não desgostei desta crónica dos bons malandros. Em linguagem vernácula, com uso de muito vocabulário que, sendo corriqueiro, é original, conta a história de uma quadrilha, dos seus integrantes e do assalto das suas vidas. Cada capítulo é dedicado a uma destas personagens inusitadas, em que temos desde estudantes de direito a cleptomaníacos, sem esquecer trapezistas. Todos unidos por Renato e pelo bar do Japonês (o que, pelas razões que já conhecem, me agrada profundamente)
As personagens são engraçadas, a escrita é engraçada, o assalto é engraçado e o final imprevisível e muito gostoso. Um bom livrinho que me deixou curiosa em relação ao autor. Espero ter outras oportunidades para o conhecer melhor.
E assim se conclui o meu imenso projecto "LER TODOS OS LIVROS DO QUARTO DA MINHA IRMÃ". Viva! Viva! Agora procederei a ler alguns livros meus, seguidos de alguns livros que trouxe da biblioteca pessoal do meu pai. Quando os terminar iniciarei o portentoso projecto "LER TODOS OS LIVROS DO ESCRITÓRIO". Desejem-me sorte.
Ainda sem browser, depois de longas conversações com o meu avô que envolveram bençãos, eu ser muito bonita e todos os seus filhos se darem bem (e eu me apresentar, por diversas vezes) terminei de ler o livro que iniciei no avião: O Processo, do Kafka.
Quando me falaram deste livro descreveram-no como negro, opressivo e paranóico. Eu não achei nada disso. É um livro extremamente bizarro, sem qualquer tipo de beleza. K. (que eu leio "kê") é acusado de alguma coisa e movimenta-se um processo em tribunal. As razões desconhecem-se, o crime desconhece-se e o processo desconhece-se, mas K. tem de lidar com ele de qualquer forma. Considero este livro, e sendo a segunda obra Kafkiana que leio acho que posso generalizar e dizer que Kafka é todo assim, um ensaio surrealista. O personagem movimenta-se como num sonho. Os espaços em que ele está, muitas vezes são duas coisas ao mesmo tempo. As pessoas que ele vê, têm alguns traços mas ainda assim aparecem como sombras. É sem dúvida um livro sombrio, mas é do tipo sonho. Não um pesadelo, apenas um sonho estranho. Além disso existem coisas que /não fazem sentido/. Não é um alho passar a chamar-se bugalho na página seguinte. É uma coisa muito subtil, tão subtil que não consigo arranjar nenhum exemplo. É um livro de subtilezas, detalhes e significados. Creio que todo o livro é uma parábola para outra coisa qualquer, mas essa coisa é profundamente obscura e talvez apenas o Kafka a compreenda. Ou talvez tenha sido um sonho extremamente longo.
A escrita é muito simples, inesperadamente simples. Há uma riqueza de detalhes, mas detalhes inúteis, detalhes que apenas ajudam a manter a estranheza de toda a narrativa. O que mais me surpreende é o facto de K., que segundo me descreveram passaria todo o livro absolutamente desesperado e atormentado com o seu processo, se manter mais ou menos indiferente ao que acontece até mesmo no momento da sua execução. Kafka diz "ele sofre", Kafka diz "ele preocupa-se", Kafka diz "ele sente-se mal", mas não é essa a sensação que transmite. K. aparentemente aceita a sua derrota logo desde início. Não sei se isto será bom ou mau.
Parece que gostei e não gostei ao mesmo tempo. Não gostaria de ter este sonho, mas acho que gostei de o ler. Creio que tenho de ler mais K.
Numa outra nota, eu estive - há alguns anos - na casa onde ele viveu em Praga. Era o número 7 no bairro antigo, uma casa azul microscópica. Aparentemente o pobre do Franz dormia de pé dentro da dispensa. Não admira que tenha ficado assim...
Mais um filme de avião. O skype funciona, mas o browser não. Isto é um mistério.
Gosto e filmes sobre adolescentes problemáticos. Descobri que não gosto de adolescentes problemáticos franceses.
Aqui seguimos as aulas de um director de turma François que tem uma turma problemática. Os alunos até parecem esforçar-se, não são assim tão problemáticos. A fonte dos seus problemas é o professor. O homem manda com cada dica nojenta que uma pessoa não entende como lhe é permitido ensinar.
E resume-se nisto. Não há aqui nada que distinga este filme da mediocridade e a lacuna argumentativa do professor ser o problemático (e não os alunos) torna este filme bastante mau.
E outra coisa que me vem atrofiando é o facto de os francius serem absolutamente e horrivelmente racistas. Não se entende. Tal como o browser, também é um mistério.
Mais um filme de avião, mas já me encontro na terrinha. Neste momento a minha família encontra-se discutindo o sentido da vida e a formação do universo e eu estou aqui. Não tenho, por alguma razão, ligação à internet.
Mas adiante, o filme! A única razão pela qual tinha uma certa curiosidade em relação a este filme era "George Clooney". E, efectivamente, ele faz um excelente trabalho de emoções contidas mas verdadeiras.
O filme em si é mais simples do que aparentava ser pela publicidade. Este amigo tem uma família bastante infeliz, com duas filhas problemáticas e uma mulher mimada, Esta tem um acidente de barco e fica em coma e vai morrer quando se descobre QUE ela tinha um amante. Então vamos confrontar o amante e reformular a nossa família. E é isso.
O argumento não permite um crescimento das personagens enquanto família, pois os elementos problemáticos (filhas) são estáticos. Assim, o interesse que poderia ter é mínimo.
De resto, mostra-nos uma perspectiva diferente do Hawaii. Estranhamente, parece ser uma terra absolutamente cinzenta e deprimente.
Um filme que vale a pena só pelo George Clooney, porque o resto é muito desinteressante.
Bem, foi um OVA de dois episódios o suficiente para fazer a bateria do Asimov acabar. Isto não está bem, não está bem!
Este OVA é mais uma daquelas pequenas pérolas da década, que são muito divertidas mas que passam desapercebidas. Aqui contam-nos as aventuras de um jovem que é um anjo, um amor de pessoa, mas cuja fronha é de tal modo demoníaca e mefistotélica que todos têm medo dele. Depois, por uma série de acasos e desequilíbrios, ele ganha muitas lutas de gangs escolares, o que o torna numa "lenda de terror". Mas o coitado só quer o bem de toda a gente. E é isto o que tem montes de piada.
Tudo o resto é apenas medíocre. Arte típica, com recurso a cinetismo para as cenas com mais animação. O design do personagem principal é muito interessante, mas tem o defeito de que ele nunca muda de expressão, o que torna tudo um pouco estático. No entanto as caras que lhe dão nos seus momentos de maior senilidade não têm preço. Não há nada de extraordinário na música. História e personagens têm uma base interessante, mas em dois episódios não é - de todo - possível explorá-los.
No entanto faz bem à saúde, porque faz rir (e porque eu gosto de anime de delinquentes juvenis)
Faltam 6 horas para o destino final e o Adamastor aéreo ainda não atacou. Acho que me vou divertir chamando a hospedeira (assistente de bordo) de três em três minutos para lhe pedir copos de sumo de laranja da compal. Ou então peço um livro para pintar, acho que tenho direito a um na minha qualidade de criança de 4 anos!
Encontro-me neste momento dentro de um avião. Não há net e faltam 8 horas para o destino final. Mas isso não impede que escreva reviews à mesma! Poderão é ser escassas durante os próximos tempos.
Anyway, primeiro filme que vi no avião foi este. Por acaso os aviões da TAP têm um bom leque de filmes para escolher. Tinha interesse neste filme desde que tinha visto o trailer no cinema, por isso aproveitei. Infelizmente o trailer é melhor que o filme.
Philippe é um homem rico que teve um acidente de parapente e que, por um desvairio e loucura ao nível de Marco Paulo, contrata Driss, um senegalês ladrão e delinquente. Driss não tem pena nenhuma do tetraplégico e essencialmente trata-o como se fosse uma pessoa normal, o que agrada muito a Philippe de forma a que este não se quer separar do seu ajudante. A história é, segundo consta, verídica (e aparece um micro-vídeo dos reais no fim, tendo ambos um ar muito mais realista que os actores, ou não fossem eles verdadeiros)
Os personagens estão estabelecidos ao início e o máximo de desenvolvimento é uma troca de características derivadas da interacção. Os actores também não são muito bons, parecem estar um pouco indiferentes aos seus papéis. Fazer de tetraplégico há-de ser difícil, mas mesmo uma pessoa sem sensibilidade no corpo tem a capacidade de exprimir emoções.
O ambiente musical é um intercalar de clássico (Philippe) com pop (Driss). Parecce que em todo o filme nos querem mostrar o choque cultural e social e como apesar das diferenças podemos ser todos amigos. No entanto eu questiono a validade desta moral, sobretudo porque neste filme parece estupidificada e racista.
Não me comoveu e não foi muito divertido.
Agora anime até acabar a bateria e depois filmes até morrer. Acho que nunca vamos chegar lá. E ainda nem sequer passámos na zona de turbulência. Bem, se eu for comida pelo Adamastor aéreo esta review nunca será vista por ninguém. Para quem quiser a informação, a minha viagem está relacionada com a seguinte música:
Sentiram a minha falta? Muito? Muito? Pois é! Para informar os mais desatentos, estive em viagem espirito-independente durante o último mês.
Estive na Quinta Dimensão.
Ok, já estamos todos situados? Para provar a minha intensa e alucinante viagem, e partilhar convosco as maravilhas artísticas deste universo paralelo, estrategicamente colocado do outro lado do mundo, decidi fazer este post.
Primeiramente vou-vos apresentar uma versão textual dos factos, seguida de fotoreportagem. Depois irão suceder-se todas as críticas e revisões que fiz durante o tempo que estive encerrada na cápsula (um em cada post, para parecerem muitos). Aviso desde já: não há anime quase nenhum. Levei 4 séries e 4 filmes e nem passei da primeira série. Mas verão.
Agora passemos ao importante:
Pontos de Elevado Interesse na Actividade Socio-cultural da Quinta Dimensão
São pelo menos 10 horas de viagem
Lá chegados, prova imediata da loucura das pessoas que nos irão rodear, pois se esqueceram de nos ir buscar.
Falando em loucura, devo referir a existência do Senhor Gedeão, que acontece ser meu avô. Ele vive na Sétima Dimensão e fez 98 anos no dia 1 de Agosto. Irei citar alguns momentos adiante.
A cidade em que estive é espraiada, com casinhas de todas as cores e todas de cores diferentes. Foram feitas explorações de muito intenso nível cultural, acompanhadas de uma boa Polar e de um Bek. Estes fumam-se sem filtro e batem mais do que o esperado.
O rio é bastante sujo mas encontram-se lá cães fofinhos, nomeadamente a cadela que nominamos "Pizza" e que nos trocou por um gato
Existem diversas coisas nos jardins das casas. Algumas delas, que recolhemos durante as nossas voltas peripatéticas, foram: gnomos, coelhos, árvores pintadas da cor da casa, cavalos (verdadeiros), Brancas de Neve, Anões de Branca de Neve, cães agressivos, cães simpáticos, cães que ladram, cães que assustam, cães miniatura tosquiados e com roupa a ladrar de forma agressiva, gatos, sapos, etc.
Todas as casas têm um ou mais cães. A minha tem dois, Rusty e Titã. Além de uma gata, Princesa, e de um gato-humano, Marvin.
Toda a gente gosta de toda a gente, cumprimentos feitos sempre com grandes beijos e grandes abraços.
Chimarrão
Jogos Olímpicos
Jogos do Internacional, VIVA COLORADO
Chimarrão com Jogos Olímpicos
Conversas espirituais que ajudam nas melhoras das minhas patologias cerebelares e cerebrais
Pulgas!
Pessoas de interesse: Senhor Gedião, Belu, Cris, Malu, Beto, Jorge, Dico, Gerson, Lucas, Céu, Sofia, Heloísa, Kitty, Leonardo, Gabriela, Marina, Melissa, Rodrigo, Denise, a Helena que ainda aí vem, todos os outros amigos da Casa das Laranjeiras, Casa das Laranjeiras, Rusty, Titã, Princesa, Marvin, entre outros
Elementos de Variado Interesse Psicológico da Versão Alternativa da Quinta Dimensão
Liberdade = Bairro do Japão = Livros Japoneses, Cosplays, Figuras, DVDs, CDs, Roupa Alternativa, merdinhas fofinhas, coisas fofinhas = TODO O MEU DINHEIRO LÁ JÁ AGORA
Sebos = Alfarrabistas do tamanho da Fnac = 4254879286 variedades de livros super baratos = TODO O RESTO DO MEU DINHEIRO LÁ IMEDIATAMENTE DEPOIS DA LIBERDADE
Pessoal do CB = Pessoinhas fofinhas, encantadoras, que provam que uma comunidade de anime pode ser saudável e divertida = Inspiração para cosplay = Inspiração para mudar a comunidade Portuguesa = ESPÍRITO CARVALHESA
Se estivermos o tempo todo a falar em Inglês com um homem Holandês os mendigos afastam-se
Museu, haverá review.
Cosplayers na rua
Karaoke Box ao estilo Japonês = Cantar o Vira-Vira dos Mamonas Assassinas
Dia dos Vampiros = Evento de doação de sangue em que vai toda a gente vestida de vampiro = Fazer uma coisa igual em Portugal
Churrasco
Mortal Kombat 24/7
Crianças que não sabem ler
Fazer a rota turística = Perder-me (a dois quarteirões de casa) = DRAMA LATINO-AMERICANO
Cigarros de palha
Pessoas de interesse: Tjan, Pete, Maruseru, Jahr, Meny, Youkai, Sumomo, Paula Yokai, Kakarotto, Artemys e mais uma longuíssima e importantíssima série de pessoas cujos nomes estão em falha na memória mas que permanecerão para sempre na hipófise, órgão que regula o amor
(ah sim, vou publicar isto antes das fotos aparecerem, quando as tiver posto todas volto a spammar-vos. Obrigada pela compreensão ^^ )
Citações do Senhor Gedeão
Meu querido Avô que, apesar de não se lembrar bem de mim, me ama e me abençoa e essas coisas.
Se o gajo lá do alto existir, há-de o abençoar também
Sobre o aquecedor: "É uma coisa forte, firme,
não treme, está sempre lá. Sabem quem é o meu melhor companheiro, o meu
companheiro número um? É essa coisa fofinha aí na minha frente. Ai, o
meu salvador. Quem é o meu salvador? É esse quadradinho santo!"
Ouvindo o CD da Carminho: "Que música bonita essa! Que música linda!"
"Eu não sei quem tu é, mas eu te vou dar uma mordida!"
*Jantar* VIRGEEEEM MARIAAAAA SANTAAAA (cantando)
"Ave Maria Cheia de Graça.... AI POROMPOMPOM!"
"Eu sou o gerente deste quarto!"
(Referindo-se a mim) "Que mão tão fininha! Parece uma linguiça! Que pele macia! Deixa eu ver tu... Que linda! Que bonita! Que coisa mais linda! Quem é tu? Minha neta? Deus de abençoe! Que coisinha mimosa!"
Além disso ele chama as pessoas para lhes fazer discursos sindicalistas, para discutir casos do seu trabalho (ele era maquinista), para rezar e outras coisas. Também dança com o andarilho e canta muito. Em sua homenagem, sem contar com o bicho-lunar que está do seu lado na foto, deixo uma música. E agora espero que esperem pela foto-reportagem que se seguirá e pelo manancial de críticas que aí vêm! Espero que se divirtam!